Sucessão na Corte

Suceder Celso de Mello será uma grande responsabilidade, diz Gilmar Mendes

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17 de outubro de 2019, 14h14

Qualquer indicado para a próxima vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal deve ter a consciência de que se trata da sucessão de Celso de Mello: ícone da magistratura, o homem da boa régua e a personificação do equilíbrio na Corte. A declaração é do ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (17/10).

Nelson Jr./SCO/STF
O próximo escolhido para o STF deve se perguntar se é digno para ocupar a cadeira de Celso de Mello, diz Gilmar Mendes
Nelson Jr./SCO/STF

No Twitter, o ministro diz ainda que o ministro Celso de Mello é "um garantista que honra a função constitucional do judiciário". 

"Eu acho que o presidente [Jair Bolsonaro] terá uma imensa dificuldade de fazer essa escolha. Porque ele vai querer dar um toque pessoal como ele fez com o procurador-geral da República, e isso é muito difícil de se fazer", disse. 

A segunda dificuldade de Bolsonaro, segundo Gilmar, é substituir o decano. "Celso é para todos nós é um ícone, é da cultura, do equilíbrio, das garantias, do Direito Constitucional. Não se pode pegar qualquer sujeito, indivíduo que for. O escolhido deverá perguntar: Será que sou digno dessa cadeira?", afirmou Gilmar.

Indicado pelo ex-presidente José Sarney, em 1989, o ministro Celso de Mello será o primeiro a se aposentar no mandato de Bolsonaro, previsto para até 2022. Em novembro de 2020, o decano da Corte completará 75 anos. 

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