Milhões de itens

Lula pede mais tempo para analisar dados que Odebrecht deu ao MPF

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17 de outubro de 2019, 11h16

A defesa do ex-presidente Lula entrou com pedido na 13ª Vara Federal de Curitiba para prorrogar por mais 15 dias o prazo de análise do banco de dados dos softwares da Odebrecht que foram utilizados na denúncia que culminou na sua condenação. 

Ricardo Stuckert
Defesa de Lula afirma que prazo é curto para avaliar 80 milhões de itens Ricardo Stuckert 

A defesa, feita pelos advogados Cristiano Zanin e Valeska Teixeira, pediu para analisar os e-mails trocados por Marcelo Odebrecht que foram usados na denúncia e registros dos sistemas My Web Day, que contém toda a contabilidade paralela da Odebrecht, e Drousys, que registra a comunicação dessa contabilidade. 

No acordo de leniência da Odebrecht, os dados que a construtora repassou para o Ministério Público Federal para serem utilizados na denúncia contra Lula foram retirados destes sistemas. 

A equipe de Lula tem ido na sala cofre da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para analisar o material e tem até o dia 21 deste mês para concluir a pesquisa e fazer um relatório. Mas alega que são 80 milhões de itens e o tempo é muito curto. 

"Até mesmo pelo senso comum, é possível verificar a impossibilidade de o Assistente Técnico da Defesa concluir as diligências na Polícia Federal e preparar seu Parecer até a data assinalada por este E. Juízo — o dia 21/10 — sem limitações relevantes e sem que haja considerável prejuízo para a análise que está sendo realizada, inclusive, como já dito, sobre a eventual violação da cadeia de custódia", afirma a defesa de Lula.

Clique aqui para ler a petição.

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