De vítima a denunciante

Joice Hasselmann é condenada a pagar danos morais por causa de livro da "lava jato"

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9 de outubro de 2019, 17h00

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL/SP) foi condenada a pagar R$ 20 mil de danos morais por ter escrito em um livro, sem apresentar provas, que o empresário Hermes Freita Magnus foi o primeiro "denunciante" da operação lava jato". 

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Joice Hasselmann é deputada federal pelo PSL-SPWikipédia 

Magnus entrou na Justiça por entender que o livro "Delatores — ascensão e queda dos investigados na Lava Jato" o apresenta como delator no esquema de corrupção, quando ele é vítima. A obra foi lançada em 2017 pela editora Universo dos Livros, que respondeu junto com a deputada no processo. 

O empresário afirma que sofreu um golpe de um ex-deputado do Partido progressista (PP) e que, como isso, desconfiou que sua empresa estaria sendo usada como instrumento de crime lavagem de dinheiro oriundo de propina político-partidária. Mas alega que não fez nenhuma denúncia. 

O juiz André Augusto Salvador Bezerra, da 42ª Vara Cível de São Paulo, afirma que a autora não comprovou que Magnus fez uma denúncia. 

"Pouco importa, neste processo, as razões íntimas para a realização da denúncia que teria deflagrado a Operação Lava Jato. O fato é que as rés imputaram ao autor uma justificativa para aludida prática, que não restou comprovada, sendo apta a influir (e desmerecer) na boa fama do imputado", afirma Bezerra na decisão.

Clique aqui para ler a decisão.
1022013-40.2018.8.26.0100

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