Resistência institucional

"Não dá para banalizar o AI-5", defende Rodrigo Maia, presidente da Câmara

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26 de novembro de 2019, 13h32

O AI-5 não pode virar um "bom dia". O uso leviano e equivocado das narrativas autoritárias gera instabilidade e insegurança. Por isso, é necessário encontrar instrumentos de fortalecimento das instituições, e, para isso, o parlamento tem papel decisivo. A declaração é do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no seminário "Política, democracia e Justiça", realizado nesta terça-feira (26/11).

ConJur
Marcos Pereira, Rodrigo Maia e Márcio Chaer
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"O que manifestação de rua tem a ver com AI-5, se ela existir de forma democrática e ordeira? O que ela tem a ver com o fechamento do Congresso, fim do habeas corpus, fechamento das assembleias? Há um problema inclusive de desrespeito na forma que se usam as narrativas para explicar frases (também mal colocadas) do outro extremo", opinou Maia.

Ele se referia a uma fala do ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo da Folha de S.Paulo, Guedes destacou a movimentação em torno do ex-presidente Lula para convocar protestos nas ruas, comentando em seguida: "Não se assustem se alguém pedir um AI-5".

"As manifestações ordeiras são sempre bem-vindas, porque elas representam o anseio e a crítica da sociedade ao governo, ao legislativo, ao judiciário. São legítimas. O que a gente precisa é encontrar os instrumentos de fortalecimento das instituições democráticas. E o parlamento tem papel decisivo", afirmou.

Para Maia, o problema das fake news é que hoje elas se propagam muito mais rapidamente que no passado. "Fake news sempre existiu. Mas a revolução tecnológica, as mudanças que o mundo vive, vêm contestando a democracia liberal. Os radicais antissistema estão trabalhando nas redes sociais de forma organizada", disse. 

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