Cooperação internacional

Ex-presidente da Braskem é preso nos EUA por suborno e lavagem de dinheiro

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21 de novembro de 2019, 15h36

(Divulgação/Braskem)
O executivo José Carlos Grubisich comandou a Braskem entre 2001 e 2008
Divulgação/Braskem

José Carlos Grubisich, ex-presidente da Braskem, foi preso nesta quarta-feira (20/11) em Nova York sob acusação de suborno e lavagem de dinheiro, com base na legislação dos Estados Unidos de corrupção estrangeira — Foreign Corrupt Practice Acts (FCPA).

"Grubisich e outros executivos da Braskem e da Odebrecht se envolveram em um esquema internacional maciço e sofisticado de propina e lavagem de dinheiro, empregando fundos secretos, empresas de fachada e contabilidade falsa", disse o procurador-geral assistente Brian A. Benczkowski, em comunicado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ).

No texto, os procuradores acusam Grubisich de estar diretamente envolvido na negociação e aprovação de subornos a funcionários públicos para garantir que a Braskem conseguisse preços favoráveis em negociações de contratos com a Petrobras.

Os procuradores americanos também ressaltam na comunicação que, apesar de ter saído do posto de CEO da petroquímica em 2008, Grubisich seguiu no conselho de administração até 2012. Ele também atuou como consultor externo da Odebrecht por dois anos.

Por fim, o comunicado do DoJ exalta a cooperação da entidade com a Comissão de Valores Mobiliários nos Estados Unidos, o Ministério Público Federal brasileiro, a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da Suíça.

Grubisich é defendido nos Estados Unidos pela banca Meyer Brown. O escritório paulista Toron, Torihara e Szafir Advogados também acompanha o processo.

Clique aqui para ler a acusação

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