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Porteiro que citou Bolsonaro no caso Marielle muda versão à PF

20 de novembro de 2019, 19h54

Por Redação ConJur

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Marielle Franco foi assassinada no dia 14 de março 2018 e o crime segue sem solução
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O porteiro que citou o presidente Jair Bolsonaro em depoimento no bojo das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes voltou atrás em depoimento à Polícia Federal. A informação foi revelada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro em outubro, o porteiro atribuiu a “seu Jair” a autorização para entrada do ex-PM Élcio Queiroz — acusado de ser o motorista do atentado que culminou na morte da vereadora — ao condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente da República e seu filho Carlos possuem casas no Rio de Janeiro.

Registros da Câmara dos Deputados mostram que o então deputado Jair Bolsonaro estava em Brasília no momento da ligação, em 13 de março de 2018, data do atentado.

O registro de visitantes do condomínio aponta que Élcio teria ido para casa 58. Justamente à de propriedade do presidente.

Neste novo depoimento, que durou cerca de 3 horas, agora à Polícia Federal, o porteiro não confirmou que Bolsonaro liberou a entrada de Élcio no condomínio.

Também teria informado que errou a numeração da casa para qual iria Élcio, e se sentiu pressionado por ele mesmo pelo erro cometido na planilha.