Reclamação disciplinar

Deputados pedem que CNMP investigue relação entre Deltan e Carvalhosa

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7 de novembro de 2019, 15h48

Os deputados federais Rui Falcão, Paulo Pimenta, Natália Bonavides e Paulo Teixeira, todos do PT, apresentaram uma reclamação disciplinar contra o procurador Deltan Dallagnol e outros membros da força-tarefa da “lava jato” para o Conselho Nacional do Ministério Público.

Fernando Frazão/Agência Brasil
Deltan é alvo de reclamação disciplinar apresentada por deputado ao CNMP
Fernando Frazão/Agência Brasil

No texto, alegam que integrantes da força-tarefa “instrumentalizaram a punição da Petrobras" nos Estados Unidos por causa do escândalo do "petrolão" em benefício próprio e de terceiros, como os clientes do advogado Modesto Carvalhosa.

A peça defende que, “em patente desvio de finalidade, a força-tarefa da ‘lava-jato’ costurou acordo com a Petrobras — Acordo de Assunção de Compromissos — destinando 50% para a satisfação de eventuais condenações ou acordos com acionistas que investiram no mercado acionário brasileiro (B3) e ajuizaram ação de reparação, inclusive quatro arbitragens, até a data de 08 de outubro de 2017”.

O texto menciona ainda “o direcionamento de dinheiro público para acionistas específicos cujo advogado que seria beneficiado possuía e possui laços subjetivos com os procuradores da FT-LJ/PR". "Os valores destinados são aproximadamente de R$ 1,5 bilhão (50% dos 80% revertidos ao Brasil das referidas multas aplicadas)”.

A relação entre os clientes do advogado Modesto Carvalhosa e o fundo bilionário que os membros da "lava jato" tentaram criar foi noticiada em primeira mão pela ConJur.

O advogado Modesto Carvalhosa processou a ConJur e perdeu. O juízo da 2ª Vara Cível de São Paulo entendeu que a publicação fez crítica ácida e contundente, mas não difamou ao publicar reportagem informando que Modesto Carvalhosa é sócio da força-tarefa da operação ‘lava jato’.

Clique aqui para ler a reclamação enviada ao CNMP

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