Retaguarda presidencial

PF atende a Moro e abre inquérito sobre porteiro de condomínio de Bolsonaro

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6 de novembro de 2019, 20h46

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Porteiro que disse que suspeito foi à casa do presidente vai ser investigado pela PF
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O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro pediu e a Polícia Federal abriu inquérito para apurar possíveis crimes cometidos pelo porteiro que afirmou — em dois depoimentos — que um dos suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) foi à residência do presidente Jair Bolsonaro (PSL), no condomínio Vivendas da Barra, algumas horas antes do atentado.

O inquérito irá apurar se o porteiro cometeu os crimes de obstrução de Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa.

A PF também ficou encarregada de investigar se porteiro caluniou ou difamou o presidente da República — crime previsto na Lei de Segurança Nacional (7.170).

A investigação é um desdobramento de ofício do atual ministro da Justiça, Sergio Moro. Ele pediu que se abrisse um inquérito para apurar o contexto da citação do nome do presidente na investigação.

O MPF no Rio informou que o inquérito sobre o porteiro irá transcorrer sob sigilo e que o órgão só irá se manifestar ao fim da investigação.

Moro e Aras
No último dia 30, Moro, enviou uma solicitação ao Ministério Público Federal para que instaure um inquérito para investigar as declarações de um porteiro veiculadas na edição do "Jornal Nacional", da TV Globo, do dia anterior.

No mesmo dia, o procurador-Geral da República, Augusto Aras, encaminhou o ofício à Procuradoria da República no Rio de Janeiro para investigar o porteiro do condomínio do presidente Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

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