Pedido acolhido

Temer vira réu no caso de amigo foi flagrado com R$ 500 mil da JBS

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28 de março de 2019, 18h25

O ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) tornou-se réu por corrupção passiva no caso em que seu amigo e ex-assessor Rodrigo Rocha Loures foi flagrado com uma mala de dinheiro da JBS. A decisão é da 15ª Vara Federal de Brasília, informa o blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.

Marcos Corrêa/PR
O ex-presidente Michel Temer virou réu por corrupção no processo que envolveu o flagrante de seu ex-assessor com uma mala de R$ 500 mil entregue por Ricardo Saud.
Marcos Corrêa/PR

A denúncia foi feita em 2017, quando Temer era presidente. À época, a Câmara barrou a denúncia contra o político. Com o fim da prerrogativa de foro, o caso desceu para a primeira instância, onde tramita em segredo de Justiça, depois que o procurador da República Carlos Henrique Martins Lima ratificou a acusação.

Segundo o órgão, as vantagens pagas ao ex-presidente pode ter chegado a R$ 38 milhões ao longo de 9 meses. A denuncia afirma que Rocha Loures agiu em nome de Temer para interceder na diretoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em benefício da JBS. De acordo com delatores da J&F no processo, foi prometida uma aposentadoria mensal de R$ 500 mil por 20 anos aos dois réus. 

Temer foi preso preventivamente no dia 21 de março por com base na delação premiada de José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix, no âmbito de um outro processo que investiga o pagamento de R$ 1,1 milhão de propina a políticos em troca de contrato para a construção da usina nuclear Angra 3.

Quatro dias depois, na segunda-feira (25/3), o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, concedeu Habeas Corpus ao ex-presidente Michel Temer sob justificativa de não existir "qualquer justificativa prevista no artigo 312 do Código de Processo Penal para segregação preventiva".

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