Demanda fundamentalista

Senador tenta emparedar ministros do Supremo com pedido de CPI

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19 de março de 2019, 15h21

O senador Delegado Alessandro (PPS-ES) protocolou, nesta terça-feira (19/3), requerimento para a criação da comissão parlamentar de inquérito para emparedar os ministros do Supremo Tribunal Federal e tribunais superiores para atender demandas de setores conservadores do Congresso. Os senadores podem, até meia noite desta terça-feira, retirar assinaturas.

A desculpa oficial para a CPI é que o Supremo tem extrapolado suas competências e decidido sobre matérias que deveriam ser pauta do Congresso. A bancada fundamentalista reclama especialmente das ações que discutem a criminalização da homofobia e a descriminalização do aborto até o terceiro mês de gravidez.

"A Constituição determina que a CPI é um direito da maioria. Não depende da vontade do presidente do Senado e do presidente da República. Nós temos apenas o direito de apurar os fatos", afirma o senador.

"Os fatos não escolhem o momento. Cargos importantes, existem notórios no judiciário brasileiro que precisa ser debatido. Todos os senadores receberam cópia, já tratamos desde o primeiro dia", disse o senador.

Sem Credibilidade
Esta é a segunda tentativa do senador de emplacar a comissão no Senado. O próprio Congresso não tem levado as intenções do senador muito a sério. Em fevereiro, foi arquivado primeiro requerimento da CPI. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tomou a decisão depois que os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Kátia Abreu (PDT-TO) retiraram suas assinaturas para a instalação da comissão.

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