Ataques ao STF

CNJ pede informações a juíza da "lava jato" sobre perfil com seu nome no Twitter

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15 de março de 2019, 21h42

O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, instaurou, nesta sexta-feira (15/3), pedido de providências para que a juíza federal substituta Gabriela Hardt informe se tem conhecimento da existência de perfil, no Twitter, denominado “juíza Gabriela Hardt sincera” (@GabrielaHardt) se autorizou tal uso e se adotou alguma providência para evitar a continuidade de tal prática.

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CNJ quer que Gabriela Hardt informe se perfil em seu nome é dela mesmo.
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Segundo o ministro, o objetivo do procedimento é esclarecer a situação e tutelar a boa-fé dos cidadãos, que poderiam ser induzidos a acreditar que as postagens refletem posicionamento oficial da juíza da “lava jato”, o que, a seu ver, é especialmente preocupante em uma época tão pródiga em disseminação de notícias falsas.

No perfil, foram publicados os seguintes tuítes: “Galera que tal um movimento popular, pedindo impeachment de todos os ministros do STF, vc topa”; “Urgente: o STF ‘Trabalha’ nos bastidores para tirar Lula, da prisão” e “O STF ACABA DE ENTERRA A LAVA-JATO POR 6 VOTOS A 5”.

“Tendo em conta que o referido perfil traz a foto e o nome de uma magistrada, e faz expressa referência à condição de ‘juíza’, além de utilizar como endereço na conta do twitter o nome da referida magistrada (@GabrielaHardt), tem-se que mesmo a despeito de ter sido adicionado o adjetivo ‘sincera’ no nome do perfil, não é pequeno o risco de pessoas tomarem as publicações feitas nesta conta como sendo efetivamente proveniente de uma magistrada”, afirmou Martins.

A magistrada terá um prazo de 15 dias para prestar as informações solicitadas pela Corregedoria Nacional de Justiça. Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.

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