Duplo homicídio

Justiça aceita denúncia e acusados de matar Marielle e Anderson viram réus

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15 de março de 2019, 20h56

O juiz do Gustavo Kalil, do 4º Tribunal do Júri do Rio, aceitou, nesta sexta-feira (15/3), denúncia do Ministério Público e tornou réus o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz. Os dois são acusados por duplo homicídio triplamente qualificado contra Marielle Franco e Anderson Gomes, tentativa de homicídio contra a assessora que sobreviveu e por crime de receptação.

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Execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completou um ano nesta quinta-feira (14/3).
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O magistrado também ordenou a transferência dos dois réus para um presídio federal e determinou o bloqueio de todos os bens móveis e imóveis em seus nomes, até o limite dos valores pedidos a título de indenização pelo MP para o ressarcimento dos danos materiais e morais causados à sobrevivente e aos parentes dos mortos.

Segundo a denúncia, a partir da quebra de sigilo de dados dos acusados, foi descoberta uma nota fiscal referente a uma lancha, com a qual o sargento reformado tentou ocultar seu patrimônio. Além disso, Ronnie seria proprietário de diversas armas e dois automóveis, um deles no valor de R$ 150 mil. De acordo com as investigações, seu local de residência, em um condomínio luxuoso na Barra da Tijuca, seria incompatível com o salário de policial militar reformado.

A denúncia do MP informou ainda que há relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontando um depósito em dinheiro, na boca do caixa, de R$ 100 mil, na conta de Ronnie Lessa, no dia 9 de outubro de 2018. Ele foi filmado fazendo o depósito e as imagens fazem parte do processo. Com informações da Agência Brasil.

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