ESQUEMA DE CORRUPÇÃO

MPF-RJ estuda propor ação contra Bradesco por lavagem de dinheiro, diz jornal

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30 de maio de 2019, 19h18

O procurador da República Eduardo El Hage afirmou que a força-tarefa da “lava jato” estuda ajuizar ação para pedir a responsabilização do Bradesco com base na lei anticorrupção. A informações são do jornal Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, os investigadores consideram ter havido falhas reiteradas de controle do banco, o que permitiu a manutenção de um esquema de lavagem de dinheiro. Segundo o procurador, o esquema movimentou cerca de R$ 1 bilhão entre 2011 e 2016.

Ao Valor, El Hage diz que o banco tem o "dever legal" de dispor sobre políticas de compliance para detectar transações atípicas. "Como o banco ganha com tarifas decorrentes da movimentação das contas, é muito conveniente fechar os olhos e lucrar com a lavagem de dinheiro", afirmou o procurador.

O mote para a ação é o fato de que dois gerentes do banco tiveram decretada a prisão temporária nesta terça-feira (28/5). Tânia Maria Aragão de Souza Fonseca e Robson Luiz Cunha Silva são suspeitos de participar do esquema de lavagem de dinheiro comandado pelos doleiros Vinícius Claret e Cláudio Barbosa, operadores do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB). 

De acordo com o Ministério Público Federal, Andrade, Tânia e Silva eram peças importantes de um esquema de lavagem de dinheiro que funcionava por meio da compensação de cheques do varejo (“chequinhos”) e pagamento de boletos bancários. O esquema servia para geração de reais em espécie que, posteriormente, eram vendidos a empresas que desejavam esfriar recursos.

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