Medo de invasões

Procuradores da "lava jato" no Paraná suspendem contas no aplicativo Telegram

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20 de junho de 2019, 11h30

A chamada força-tarefa da operação “lava jato” no Paraná informou nesta quarta-feira (19/6) que seus integrantes suspenderam o uso do aplicativo de mensagens Telegram.

André Telles
Conversas de procurador Deltan Dallagnol com Sergio Moro foram divulgadas pelo site The Intercept Brasil
André Telles

O site The Intercept Brasil divulgou no domingo (9/6) conversas no Telegram entre o então juiz federal Sergio Moro e Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa no Paraná. As mensagens mostram o então juiz orientando o trabalho dos procuradores e até cobrando a força-tarefa da operação por resultados. Nesta quarta, Moro, agora ministro da Justiça, disse no Senado que as mensagens foram obtidas por crime de hackeamento.

Em nota, os procuradores da República disseram que, desde abril, vêm constatando “ataques criminosos” a suas contas no aplicativo.

“Tendo em vista a continuidade, nos dias subsequentes, das invasões criminosas e o risco à segurança pessoal e de comprometimento de investigações em curso, os procuradores descontinuaram o uso e desativaram as contas do aplicativo Telegram nos celulares, com a exclusão do histórico de mensagens tanto no celular como na nuvem”, afirmou a força-tarefa.

Segundo os integrantes do Ministério Público Federal, as contas foram reativadas para evitar sequestros de identidade virtual. Mas isso, conforme eles, não resgata o histórico de conversas.

A força-tarefa ainda orientou os procuradores a trocar os aparelhos e os números dos contatos funcionais.

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