Tese acusatória

Moro diz que "lava jato" não se baseou só em delações premiadas

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19 de junho de 2019, 14h35

"Não foi só delação. Há um exagero na importância das delações dentro da 'lava jato'. Tivemos muitas outras provas", disse o ministro da Justiça, Sergio Moro, em sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta quarta-feira (19/6). 

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A "lava jato" não se baseou apenas em delações, defende Moro.
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Moro afirma aos senadores que antes da lei que tratou da lei das organizações criminosas, ela já previa a delação premiada. Segundo o ministro, as autorizações legislativas já existiam e houve delações antes da lei.

Questionado pelo senador  Jean Paul Prates (PT-RJ) sobre o aparecimento de especialistas delação premiada e a homologação, por Moro enquanto juiz, de vários desses acordos, Moro afirmou que as colaborações são previstas em lei.

"Às vezes só os criminosos têm conhecimento. Mas tudo precisa ter prova. Ninguém foi acusado com base na palavra de um criminoso. Tem que ter prova de corroboração. O MP faz os acordos e o colaborador é assistido pelo seu defensor. Se houve conversas entre advogados e MPs sobre as colaborações, isso tem que ser perguntado a eles. Se isso acontecia, eu não participava", disse. 

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