Proximidade excessiva

Percepção negativa da "lava jato" aumenta após divulgação de mensagens

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14 de junho de 2019, 19h42

A divulgação das conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol alterou, para pior, a percepção de 31% da população sobre a operação “lava jato”. Para cerca de metade dos entrevistados (47%), o evento não mudou a opinião sobre a operação. E 11% acreditam que as trocas de mensagens melhoraram a visão da “lava jato”. Isso é o que aponta pesquisa da XP Investimentos feita nos dias 11, 12 e 13 de junho.

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Parte das mensagens mostra Moro (foto) dando ordens a Dallagnol, sugerindo como o MPF deveria atuar.
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O site The Intercept Brasil divulgou no domingo (9/6) conversas entre Moro e Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da “lava jato” no Paraná. As mensagens mostram o então juiz orientando o trabalho dos procuradores e até cobrando a força-tarefa da operação por resultados.

A maioria da população (77%) diz ter tomado conhecimento do episódio. Na visão de 44% das pessoas, a “lava jato” não cometeu excessos em sua atuação até aqui. Outros 14% viram excessos, mas acham que o resultado “valeu a pena”. Já 30% avaliam que houve excessos e que, por isso, decisões precisariam ser revistas.

A avaliação de Sergio Moro, agora ministro da Justiça e Segurança Pública, vem caindo desde janeiro. Nesse mês, ele obteve nota média de 7,3 da população. A avaliação caiu para 6,5 em 19 de maio e 6,2 agora.

Em janeiro, Moro era visto de forma positiva por 67% das pessoas. Esse percentual foi para 59% em maio e 56% em junho. Por outro lado, a avaliação negativa do ministro cresceu de 17% no início do ano para 19% em maio e 26% neste mês. Outros 15% consideram sua atuação regular, e 3% não souberam opinar.

Clique aqui para ler a pesquisa.

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