Luto no jornalismo

Morre o jornalista Clóvis Rossi, aos 76 anos, em São Paulo

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14 de junho de 2019, 9h46

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O jornalista Clóvis Rossi morreu na madrugada desta sexta-feira (14/6), aos 76 anos, em São Paulo. Ele estava em casa, onde se recuperava de um infarto ocorrido na semana passada. O funeral será no cemitério Gethsêmani, na capital paulista. O velório começa às 15h, e o enterro está marcado para as 11h deste sábado (15/6).

Rossi era colunista e membro do Conselho Editoria da Folha de S.Paulo, onde trabalhava havia mais de 40 anos. Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, começou na profissão em 1963. Trabalhou nos jornais Correio da Manhã, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Teve ainda passagens pelas revistas Isto É e Autoesporte e pelo Jornal da República, além de um blog no espanhol El País. Estava desde 1980 na Folha.

Ganhou vários prêmios jornalísticos, entre eles o Maria Moors Cabot, da Universidade Columbia (EUA), e o da Fundação Nuevo Periodismo Ibero-Americano, criada pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez. Escreveu os livros Enviado Especial, 25 Anos ao Redor do Mundo e O que é Jornalismo.

“A Folha e o jornalismo brasileiro perdem um de seus principais e mais premiados repórteres, certamente o mais experiente. Clóvis era admirado por gerações de profissionais por sua independência de pensamento, disposição e rapidez de trabalho e qualidade de cobertura. Vai fazer muita falta”, afirmou o diretor de Redação da Folha, Sérgio Dávila.

Em nota, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, diz que “o Brasil perde um jornalista de grande expressão, talento e sensibilidade”. “Sempre que possível, dialogava com ele sobre a conjuntura internacional, em especial da América Latina.”

Leia a nota do ministro Dias Toffoli:

Com a morte de Clóvis Rossi, o Brasil perde um jornalista de grande expressão, talento e sensibilidade. Sempre que possível, dialogava com ele sobre a conjuntura internacional, em especial da América Latina.

Quando presidente do TSE, os conhecimentos de Clóvis Rossi auxiliaram-me no acompanhamento das eleições em vários países do nosso continente.

Generoso, Clóvis Rossi formou gerações de jornalistas, a quem transmitiu o conhecimento adquirido nos livros e no pulsar das ruas, mundo afora.

Manifesto meus sentimentos e minha solidariedade à sua família, ao jornal Folha de S.Paulo e a todos os amigos e colegas.

Dias Toffoli
Presidente do STF”.

Texto alterado às 12h03 do dia 14/6/2019 para acréscimos

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