Moro ministro é mais crítico a vazamento de conversa que Moro juiz
10 de junho de 2019, 15h34
A versão ministro de Sergio Moro parecer ter outra visão de mundo da versão juiz. O atual chefe da pasta da Justiça afirma que as conversas entre ele e procuradores da "lava jato" foram obtidas por "invasão criminosa". Mas pouco tempo atrás ele não parecia tão rigoroso com o manejo de conversas alheias.
Em março de 2016, o então juiz Sergio Moro divulgou um áudio de uma conversa privada entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff. Por envolver chefe do Executivo, não caberia a juiz de primeira instância lidar com o tema. A quase totalidade da comunidade jurídica e intelectual, incluindo ministros do STF, condenaram o ato.
Moro chegou a se desculpar pelo vazamento, mas seu arrependimento foi curto. Em abril deste ano, já como ministro da Justiça, disse em entrevista a Pedro Bial na TV Globo sobre o grampo em Dilma e Lula: "O problema não era a captação do diálogo e a divulgação do diálogo, mas o conteúdo do diálogo em si".
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