"lava jato"

MPF denuncia Beto Richa por propinas de R$ 7,5 milhões da Odebrecht

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5 de junho de 2019, 13h39

A força-tarefa da “lava jato” no Ministério Público Federal denunciou o ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), e outras seis pessoas, por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude à licitação referentes a uma PPP (Parceria Público-Privada) para duplicação da rodovia PR-323. Richa é acusado de ter recebido R$ 7,5 milhões em propinas da Odebrecht.

Segundo a denúncia, o grupo político do tucano teria direcionado a licitação da PPP para a Odebrecht. A investigação apontou o contato entre executivos da construtora e agentes públicos do governo antes mesmo da publicação das diretrizes da licitação. Além disso, o MPF afirma que aliados de Richa teriam atuado para afastar outras empresas interessadas na PPP. Em contrapartida, a Odebrecht realizou os pagamentos ilícitos.

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ReproduçãoEx-governador do Paraná foi denunciado pela terceira vez na "lava jato"

De acordo com a força-tarefa, mais de R$ 3,5 milhões foram repassados por meio do “setor de operações estruturadas”, o departamento da Odebrecht responsável pelos pagamentos de propina. Foram encontrados inúmeros pagamentos em 2014 ligados ao codinome “piloto”, usado para identificar Beto Richa. Ele recebeu outros R$ 3,4 milhões, segundo o MPF, através de cotas de um imóvel subfaturado.

Essa foi a terceira denúncia da "lava jato" contra o ex-governador. Ele nega todas as acusações. O caso está nas mãos do juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba.

Clique aqui para ler a denúncia.

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