Omissão da Verdade

MPF pede que STF homologue rescisão da delação de ex-diretor da Hypermarcas

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4 de junho de 2019, 13h06

Após detectar que houve omissão de informações, a Procuradoria-Geral da República enviou, nesta terça-feira (4/6), pedido de cancelamento do acordo de delação premiada do ex-diretor da Hypermarcas Nelson Mello, na operação "lava jato". A ação está sob sigilo. 

U.Dettmar
MPF pede que STF homologue rescisão de colaboração premiada.
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No documento, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirma que Nelson Mello descumpriu o compromisso de dizer a verdade, apresentando informações falsas ou “omitindo fato penalmente relevante praticado por ele”.

"Também deixou de entregar provas ao Ministério Público Federal, situação que justifica a rescisão do acordo e a revogação dos benefícios dele decorrentes. Entre os pontos mencionados na manifestação de rescisão, está o fato de o então colaborador ter afirmado que desconhecia quem eram os parlamentares beneficiados com os valores pagos pela empresa via contratos fraudulentos em decorrência da intermediação dele", diz trecho da ação. 

O documento afirma ainda que, diferentemente de outras delações homologadas pelo STF – em que os respectivos colaboradores apresentaram dezenas de fatos delitivos distintos –, o acordo de colaboração de Nelson Mello foi composto por apenas dois termos de colaboração, com fatos bastante delimitados.

Delações Equivocadas
Mello era diretor de relações institucionais da empresa e relatou ter pagado propina a senadores do MDB por intermédio do lobista Milton Lyra, mas sem saber exatamente quem seriam os beneficiários. Em seu depoimento, ele afirmou que os pagamentos teriam ocorrido sem o conhecimento do dono da Hypermarcas, João Alves de Queiroz Filho, o Júnior. Outros delatores, entregaram, entregaram provas à PGR de que tiveram relacionamento direto com Júnior. 

Pet 6121

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