Exigiu propina

Promotora Deborah Guerner é condenada por extorquir ex-governador do DF

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19 de julho de 2019, 20h22

A Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região condenou a promotora Deborah Guerner e seu marido, Jorge Guerner, por tentarem extorquir o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Deborah foi condenada a cinco anos de prisão em regime semiaberto. Já o marido dela pegou quatro anos e quatro meses de reclusão, também no semiaberto.

Segundo o Ministério Público Federal, em julho de 2009, Deborah e o marido exigiram R$ 2 milhões para não divulgar um vídeo em que Arruda aparecia recebendo propina do então secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa. A tentativa de extorsão teria acontecido na residência oficial do Governo do Distrito Federal.

Antonio Cruz/ABr
Antonio Cruz/ABrPromotora Deborah Guerner chegou a ser presa durante investigação de esquema de corrupção no GDF

O relator do caso, desembargador Kassio Nunes, destacou no voto a atuação criminosa de Deborah e Jorge Guerner. "Foram apreendidas, a partir de diligências de busca e apreensão, mídias de áudio e vídeo de 9 de julho. O teor das conversas apresenta o modus operandi da dupla, que arquitetou o plano, e reforça a versão da vítima, José Roberto Arruda", afirmou. Ele foi seguido pela maioria da Corte Especial.

Os outros quatro réus, incluindo Durval Barbosa e o ex-procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, foram absolvidos. Essa foi a segunda condenação de Deborah Guerner. Em maio, ela foi condenada por concussão e violação do sigilo funcional qualificado.

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