"lava jato"

Havia grampo ilegal na carceragem da PF em Curitiba, afirma Alberto Youssef

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12 de julho de 2019, 10h17

O doleiro Alberto Youssef, delator da operação "lava jato", afirmou em depoimento na Corregedoria da Polícia Federal que foram encontradas escutas na carceragem da corporação em Curitiba, quando foi preso, em março de 2014. Segundo ele, os grampos não foram autorizados pelo então juiz Sergio Moro e estavam gravando, conforme publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo. 

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Havia grampo ilegal na carceragem da PF em Curitiba, afirma Alberto Youssef

O caso é alvo de processo disciplinar na Corregedoria da PF. Youssef prestou depoimento no último dia 27.

Nos depoimentos, ele disse ter ouvido falar de um dos presos, cujo nome não se recorda, de que "os presos olharam e puxaram o equipamento para fora, momento em que o depoente fez sinal para que nada falassem e recolocaram o equipamento no lugar". 

Segundo Youssef, quando seu então advogado Antonio Figueiredo Basto foi ouvi-lo, "para não falar no parlatório que era gravado, escreveu para ele em um papel que tinha encontrado uma escuta na cela". 

Segundo a reportagem, o advogado escreveu no celular que Youssef "deixasse quieto", pois faria uma petição para o então juiz do caso, Sergio Moro, perguntando se ele havia autorizado uma escuta ambiental na cela. "Entretanto, após Moro dizer que não havia autorizado, o doleiro e os outros presos da cela número 05 tiraram o equipamento”, afirma em trecho do depoimento.

Youssef confirma no depoimento que "não desligaram o equipamento" e que "o equipamento somente foi retirado do local quando o doleiro levou ao parlatório para seu advogado fotografá-lo, sendo que, após, recolocou o equipamento no local onde foi encontrado".

Clique aqui para ler a primeira parte do depoimento. 
Clique aqui para ler a segunda parte do depoimento. 

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