Justiça comum

Juiz recebe denúncia e Aécio Neves se torna réu por corrupção passiva

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5 de julho de 2019, 15h48

O juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, ratificou o recebimento de uma denúncia e os demais atos realizados pelo Supremo Tribunal Federal e tornou réu o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) por crimes de corrupção passiva e obstrução à justiça. O tucano é acusado de receber R$ 2 milhões em propina da JBS.

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Aécio Neves vai responder por crimes de corrupção e obstrução à justiça na Justiça Federal de São Paulo

A denúncia havia sido encaminhada ao STF porque, na época, Aécio Neves ainda era senador. A acusação foi acolhida por unanimidade pela 1ª Turma da Corte. Como os fatos investigados se referem ao mandato anterior do deputado, o processo foi enviado à primeira instância. A defesa de Aécio terá até dez dias para apresentar a resposta à acusação.

Ele foi citado na delação premiada do empresário Joesley Batista. Uma gravação de uma conversa entre os dois foi entregue aos investigadores. Nela, Aécio pede R$ 2 milhões a Joesley para pagar sua defesa na "lava jato". Na denúncia, o Ministério Público também fala em uma intensa atuação do tucano nos bastidores do Congresso para frear as ações da "lava jato".

Aécio Neves nega todas as acusações. Em nota, a defesa afirmou que concorda com o declínio de competência que transferiu a denúncia aceita pela 1ª Turma do STF para a Justiça Federal de São Paulo. "Ao final restará provada a absoluta correção dos atos do deputado e de seus familiares", afirmou o advogado. Alberto Zacharias Toron 

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