Moro na Câmara

Mensagens vazadas são ataques ao combate à corrupção, acredita Moro

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2 de julho de 2019, 18h49

O ministro da Justiça, Sergio Moro, se sente sob ataque. Na opinião dele, as mensagens trocadas entre ele e os procuradores da "lava jato", vazadas pelo site The Intercept Brasil, embora não mostrem "nada de mais" têm o objetivo de desacreditar as investigações.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ataques da oposição é fruto de revanchismo, diz Moro.
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

"Tenho certeza se durante a condução da 'lava jato' eu tivesse me omitido, deixado a corrupção florescer, virado os olhos par aos outros lados eu  não sofreria estes ataques. Tenho certeza que isso não aconteceria", disse ele, em audiência na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (2/7).

Os deputados querem esclarecimentos sobre as mensagens. Algumas delas mostram que Moro orientou os procuradores a procurar uma testemunha que poderia ligar o ex-presidente Lula ao caso da Petrobras — e fazer com que o ex-presidente pudesse ser julgado pelo ex-juiz. Outras mensagens mostram que Moro cobrou do procurador Deltan Dallagnol por resultados e reclamou com ele de erros cometidos pela Polícia Federal.

Mas ele não acha que isso queira dizer nada. E diz que quem reclama é por "revanchismo". "Tem que se perguntar então quem defende Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, Renato Duque, todos estes inocentes que teriam sido condenados", disse Moro. "Que elas sejam colocadas imediatamente em liberdade já que foram condenadas pelos malvados procuradores da operação, pelos desonestos policiais e o juiz parcial."

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