Em busca de confiança

MP do Peru troca de comando e interina declara emergência no órgão

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9 de janeiro de 2019, 9h23

Em seu primeiro pronunciamento como procuradora-geral interina do Peru, Zoraida Ávalos declarou emergência no Ministério Público peruano e ratificou o apoio aos investigadores que lutam contra a corrupção, incluindo os que atuam na "lava jato", que apura pagamento de propina da Odebrecht a políticos peruanos.

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Ao declarar emergência no MP peruano, Zoraida Ávalos disse que a medida era necessária para recuperar a confiança dos cidadãos na instituição.
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Zoraida foi escolhida nesta terça-feira (8/1) para assumir o cargo interinamente após o ex-procurador-geral Pedro Chávarry renunciar na noite de segunda-feira (7/1). Chávarry é investigado por corrupção e viu a pressão aumentar em cima dele após destituir dois procuradores que atuavam na "lava jato".

Ao declarar emergência no MP peruano, Zoraida disse que a medida era necessária para recuperar a confiança dos cidadãos na instituição. Ela também ratificou seu apoio ao trabalho dos procuradores que investigam casos de corrupção.

Durante seu discurso, a procuradora-geral interina confirmou que apresentará um projeto de reforma alternativo do Ministério Público ao Congresso, assim como uma iniciativa que torne "mais drástica as medidas impostas" a juízes que cometem atos de corrupção.

Segundo ela, a medida que atualmente tramita no Congresso, de iniciativa do Executivo, prejudica o Ministério Público. "É um projeto que eu entendi que foi apresentado dada a emergência que vivíamos (…) mas acho que ficou claro que foi um projeto que de alguma forma violou a estrutura ou o desenho constitucional do Ministério Público."

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