Sem controle

Gilmar Mendes classifica atuação da Receita Federal como "autêntica Gestapo"

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8 de fevereiro de 2019, 17h04

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, classificou a atuação da Receita Federal como prática de uma "autêntica Gestapo". Trata-se da polícia política do regime nazista na Alemanha na década de 1930. A entidade agia sem controle ou supervisão e escolhia quem investigar, perseguir, julgar e condenar. 

Dorivan Marinho/SCO/STF
Ministro Gilmar Mendes teve informações fiscais e bancárias vazadas para a imprensaDorivan Marinho/STF

Nesta sexta-feira (8/2) o site da revista Veja divulgou documento que mostra que a Receita Federal quebrou o sigilo do ministro Gilmar Mendes e de sua mulher para, "sem qualquer elemento fático" — como destacou Gilmar — investigar “focos de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência” do casal.

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, já pediu que a Procuradoria-Geral da República, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal apurem o caso. Além disso, diversos juristas e advogados classificaram o caso como perseguição por conta da atuação do ministro em casos envolvendo garantias fundamentais. 

"Tropa de elite"
Em novembro de 2018, a Receita Federal anunciou a criação de um grupo especial de auditores com foco em investigarem cerca de 800 agentes públicos do Judiciário, Legislativo e Executivo. O grupo passou a ser chamado internamente de "tropa de elite".

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