Militância empresarial

PT processa Luciano Hang por patrocinar mensagens ofensivas contra Lula em SC

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30 de dezembro de 2019, 15h39

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Empresário pagou para aviões puxarem faixas com mensagens ofensivas contra o ex-presidente Lula em Santa Catarina
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O PT entrou nesta segunda-feira (30/12) com uma ação contra o empresário Luciano Hang por calúnia e difamação. O dono da rede de lojas Havan pagou o voo de aviões nas praias do litoral catarinense com faixas com mensagens ofensivas ao ex-presidente Lula.

No dia 28 deste mês, o empresário publicou um vídeo em seu perfil no Twitter que mostra um avião puxando uma faixa com os dizeres “Lula cachaceiro devolve meu dinheiro”.

Na mesma mensagem, Hang escreve que o “povo brasileiro acordou e sentiu na pele o quanto perdeu votando errado". "Acreditaram nas pessoas erradas, que só pensaram no poder e destruíram nosso país. Agora juntos vamos reconstruí-lo e transformar o Brasil num lugar de paz, harmonia, ordem e progresso."

No começo de dezembro, Hang já havia revelado suas intenções também eu seu perfil na rede social. Ele declarou que iria pagar para divulgação de “mensagens patriotas” pelo litoral de Santa Catarina e pedia aos seus seguidores sugestões como “Lula enjaulado é Brasil acordado”.

A ação pede indenização por danos morais e tutela inibitória. O texto também pede que Hang “seja responsabilizado pela iniciativa, visto que tais frases maculam diretamente a imagem e a honra do ex-presidente, com condenação de pagamento de indenização por danos morais”.

Em agosto deste ano, Hang foi ironizado pelo ex-presidente Lula. “Eu sou de um tempo que o Brasil tinha grandes empresários, que eram lideranças importantes. Hoje você não tem. O grande empresário hoje é o Louro José, aquele da Havan [Luciano Hang], que aparece de paletó verde e gravata amarela. Qualquer dia a Ana Maria Braga pega ele e coloca em cima da mesa. Eu fico me perguntando onde estão os grandes empresários comprometidos com esse país?”, declarou o ex-presidente.

Hang é um dos principais apoiadores do atual governo. O empresário foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral a pagar R$ 2 mil de multa por “coagir” os funcionários das lojas dele a votar em Bolsonaro. A sentença foi proferida pelo TSE no dia 13 de agosto.

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