Práticas reconhecidas

Projeto de adoção segura vence prêmio da Amaerj de direitos humanos

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3 de dezembro de 2019, 11h10

O projeto Adoção Segura, de Maringá (PR), foi o vencedor do 8º Prêmio Amaerj Patrícia Acioli de Direitos Humanos na categoria Trabalho de Magistrados. A premiação aconteceu nesta segunda-feira (2/12), no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Reprodução / Amaerj
"A nossa Amaerj publicamente manifesta o seu apreço aos direitos humanos e reafirma o compromisso de preservar a memória de Patrícia Acioli, nossa juíza querida, amiga, que foi covardemente assassinada no exercício do seu ofício", disse Renata Gil, presidente da Amaerj Divulgação/Amaerj

Presidente da Amaerj e presidente eleita da Associação dos Magistrados Brasileiros, Renata Gil, destacou que o objetivo do prêmio é “trazer luz para as pessoas que precisam ser enxergadas pela sociedade”.

Ao todo, foram 18 trabalhos premiados em quatro categorias. Em Reportagens Jornalísticas venceu a série de reportagens A invasão, publicada pelo jornal Extra. Na categoria Práticas Humanísticas, o vencedor foi o projeto Nossa Escola é em Todo Lugar, do Instituto Camará Calunga. E em Trabalhos Acadêmicos, o primeiro lugar ficou com o trabalho Piquiá em Açailândia – MA: A luta pelos direitos humanos e a conquista do reassentamento coletivo, de Idayane da Silva Ferreira e Roseane Arcanjo Pinheiro.

Com objetivo de homenagear a memória da juíza Patrícia Acioli — assassinada em 2011 — e dar continuidade à luta da magistrada em prol da dignidade humana, a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro criou, em 2012, o Prêmio Amaerj Patrícia Acioli de Direitos Humanos.

A premiação tem o intuito de promover um mergulho no amplo universo dos Direitos Humanos e Cidadania, através do fortalecimento do diálogo entre o Judiciário e a sociedade.

Presente no evento, o atual presidente da AMB, Jayme de Oliveira, destacou a importância do Judiciário na proteção aos direitos humanos. “Quem garante a efetividade dos direitos é o Poder Judiciário. Juízes já tiveram as suas garantias suspensas na ditadura. Quem não se recorda disso, não sabe o que isso significa. Não há direitos humanos se não tiver quem os garanta. E não há Poder Judiciário sem existir democracia. O valor maior hoje que precisamos defender é a democracia brasileira e as instituições do Brasil para que as pessoas não morram pelo seu trabalho e por suas ideias.”

Veja os premiados na 8ª Prêmio Amaerj Patrícia Acioli de Direitos Humanos:

Trabalho dos Magistrados
1º – Projeto Adoção Segura
Autores: Robespierre Foureaux Alves e José Cândido Sobrinho  
2º – Programa Flor de Lótus
Autores: Elen de Freitas Barbosa, Márcia Miranda, Paulo C. Luciano, Hortencia Barros e Cristiane Barbosa 
3º – Projeto Adoce: Acordos após ingestão de Dextrose Observados em Conciliações Judiciais (processuais) e Extrajudiciais (pré-processuais)
Autora: Aline Vieira Tomás Protásio
Reportagens Jornalísticas
1º – A invasão
Autor: Rafael Soares
Veículo: Jornal Extra
2º – A lama que queima: compradora de minério da Vale faz vítimas no interior do Maranhão
Autora: Thais Lazzeri
Veículo: ONG Repórter Brasil
3º – Brutalidade que os laudos não contam
Autor: Caio Barreto Briso
Veículo: Revista Piauí
Menção Honrosa – Sem direitos: o rosto da exclusão social no Brasil
Autores: Adriana Barsotti, Catarina Barbosa, Edu Carvalho e Carolina Moura
Veículo: Projeto Colabora
Menção Honrosa – A Besta
Autores: Henrique Beirangê e coautores
Veículo: RecordTV
Práticas Humanísticas
1º – Nossa Escola é em Todo Lugar
Autores: Instituto Camará Calunga e João Carlos Guilhermino da Franca
2º – Projeto Brasileirinho
Autoras: Vânia Aparecida Silva Corrêa Pinto e Jacqueline Campos Rangel
3º – Projeto Luz & Autor em Braille
Autora: Dinorá Couto Cançado
Menção Honrosa – Projeto Refúgio, Migrações e Hospitalidade
Autores: Jose Antonio Peres Gediel e Tatyana Scheila Friedrich
Menção Honrosa – Projeto Papo na Obra: construindo a paz no lar
Autoras: Maria do Amparo de Sousa Paz, Cynara Maria Cardoso Veras Alves e Núbia de Caldas Brito Pereira
Trabalhos Acadêmicos
1º – Piquiá em Açailândia – MA: A luta pelos direitos humanos e a conquista do reassentamento coletivo
Autoras: Idayane da Silva Ferreira e Roseane Arcanjo Pinheiro
2º – Das Fake News aos discursos de ódio: uma análise à luz da Constituição Cidadã nas mídias sociais
Autora: Bruna de Souza Elias
3º – Quem tem medo do lobo mau? O direito à proteção da terra indígena
Autora: Natália Caye Batalha Boeira
Menção Honrosa – O protagonismo cor de rosa nos espaços de decisão política no estado do Rio de Janeiro
Autora: Lígia Silva de Sá
Menção Honrosa – Conscientizar para educar: a acessibilidade atitudinal como ferramenta de transformação social
Autora: Deborah Maria Prates Barbosa

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