Uma empresa de sistemas de segurança de Oklahoma, nos Estados Unidos, contratou para instalar câmeras em dependências de clientes, incluindo residências e escolas, um pedófilo –provavelmente sem saber. Em algumas residências, instalou câmeras escondidas no sistema de ventilação de banheiros e de quartos de crianças –em alguns casos, em armários.
Descoberto, o instalador Ryan Alden foi preso, acusado de 28 crimes, condenado e sentenciado à prisão perpétua e mais 150 anos de prisão. Ao anunciar a sentença, a juíza Amy Palumbo disse que lamentava o fato de a lei não permitir que o castrasse. Se permitisse, o faria.
De acordo com as acusações, ele também instalou câmeras –algumas de vídeo, outras de fotografia– em vestiários de escolas e de clubes, provadores de roupa em lojas e banheiros de restaurantes e igrejas.
Depois da prisão em outubro de 2018, a polícia apreendeu cinco computadores e dois smartphones de Alden. Encontrou pornografia infantil –parte do material criado pelo instalador de câmera, parte obtido em troca de vídeos com outros pedófilos. Segundo a polícia, material suficiente para ocupar pelo menos 12 CDs.
O advogado Chris Sloan, que representou Alden, pediu uma sentença de 5 a 10 anos de prisão, alegando que ele não tocou qualquer criança. Um perito que fez um exame psicossexual do réu testemunhou que ele tinha cura. Mas a juíza não se convenceu e aplicou a pena máxima possível.
Depois de sentenciado, a emissora de TV Oklahoma’s News 4 teve uma chance de entrevistar Alden. Questiondo sobre o que ele achava da sentença de prisão perpétua, mais 150 anos, respondeu: “Provavelmente eu mereço”.