Prejuízo em cascata

Combate à corrupção deve envolver bom uso da leniência, diz jornalista

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27 de agosto de 2019, 15h59

Enquanto a delação é usada irrestritamente pelos órgãos de investigação, os acordos de leniência estão de canto. A análise é do jornalista Rodrigo Haidar, colunista de assuntos de Justiça da rádio Band News FM.

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Em todo o país há mais de 14 mil obras públicas paralisadas 
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"Ao contrário do delação, que é praticada a larga pelos órgãos de investigação hoje, não se investiu na mesma medida em um instrumento que é fantástico: o acordo de leniência", afirmou no quadro Pensa Brasil.

De acordo com o jornalista, "o combate à corrupção envolve não só botar gente na cadeia, envolve também tratar bem da leniência". Haidar defende que o instrumento é fantástico, inclusive para ajudar a acabar com a estagnação do relacionamento entre o setor público e empreiteiras.  

O jornalista apontou relatório do Tribunal de Contas da União de que há, em todo o país, mais de 14 mil obras públicas paralisadas. A maior parte delas está no Rio de Janeiro: são 1.300, segundo o Ministério das Cidades. 

tema será debatido em seminário organizado pelo site ConJur e pelo Anuário da Justiça no dia 2 de setembro. No evento, o Ministério Público do Rio de Janeiro vai apresentar as regras para leniência no estado.

Rodrigo Haidar é jornalista e já foi chefe de redação e correspondente em Brasília da revista Consultor Jurídico.

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