Suspeita de peculato

Ministro envia inquérito contra Geddel Vieira Lima para Justiça Federal no DF

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24 de agosto de 2019, 14h30

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a remessa para a 10ª Vara Federal do Distrito Federal de um inquérito contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima, seu irmão, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, a mãe dos dois políticos, Marluce Vieira Lima, e outras cinco pessoas.

Eles são investigados pela prática de crimes de peculato decorrentes da manutenção de secretários parlamentares lotados no gabinete de Lúcio Vieira Lima para atender a interesses pessoais da família e sem desempenhar atribuições inerentes à função pública.

Arquivo/Agência Brasil
Arquivo/Agência BrasilInquérito contra Geddel por prática de peculato será enviado à primeira instância por decisão do relator do caso no STF

Em sua decisão, o relator destacou que a Procuradoria-Geral da República apresentou manifestação favorável ao declínio da competência do STF para julgar o caso, em razão do término do mandato de Lúcio Vieira Lima, e informou que a investigação teve origem justamente na Justiça Federal do DF.

Alexandre de Moraes afirmou que o Plenário do STF já definiu que o foro por prerrogativa de função para aqueles que exercem mandatos parlamentares se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.

No caso dos autos, Lúcio Vieira Lima não se reelegeu nas eleições de 2018 e, nos termos do artigo 102, inciso I, alínea “b”, da Constituição, a competência do STF se restringe aos casos de infrações penais comuns praticadas pelos membros do Congresso Nacional no exercício do mandato, desde que haja relação com as funções parlamentares.

Ao remeter o caso à 10ª Vara Federal do DF, o relator ressaltou que deve ser preservada a validade de todos os atos praticados e decisões já proferidas e lembrou que aquele juízo é responsável pelos demais casos e desdobramentos das operações “cui bono”, “sépsis”e “catilinárias”. Com informações da assessoria de imprensa do STF.

INQ 4664

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