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Bretas cancela leilão por achar que joias de Adriana Ancelmo estão subavaliadas

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13 de agosto de 2019, 18h48

Fernando Frazão/Agência Brasil
A ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo, cujas joias devem ir a leilão
Fernando Frazão/Agência Brasil

O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, cancelou o leilão das joias da ex-primeira-dama do estado por conta da diferença de valores entre as avaliações da Polícia Federal e da casa de leilão.

As joias são de Adriana Ancelmo, que é casada com Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro por dois mandatos e preso desde novembro de 2016 na operação "lava jato". 

As avaliações da PF apontaram valores muito mais altos que os da casa de leilão, que estipulou lances mínimos para as vendas que ocorreriam nesta quinta-feira (15/8). Os preços foram baseados em uma avaliação feita pela Caixa, em setembro de 2017. 

Bretas exemplifica: um par de brincos Antonio Bernardo, coleção blue cluster, tem como lance mínimo R$ 19 mil, enquanto a PF diz valer R$ 156 mil. 

O magistrado dá a entender, segundo a visão dele, que os valores reais são os estipulados pela PF. "Tendo em vista a proximidade do leilão, o fato de que, possivelmente, diversos itens foram avaliados muito aquém do seu real valor, e que não há tempo hábil para reavaliação, suspendo o leilão quanto às joias em comento", informa.

A decisão, assinada na última sexta-feira (9/8), foi tomada sem que o Ministério Público Federal ou a defesa de Ancelmo tenha impugnado os valores. Bretas afirma no documento que a venda das joias a preço baixo poderia causar prejuízo aos cofres públicos. 

Clique aqui para ler a decisão

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