Santa Cruz diz que fez crítica "jurídica e institucional" a Sergio Moro
8 de agosto de 2019, 21h41
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, afirmou nesta quinta-feira (8/8) que não teve a intenção de ofender a honra do ministro Sergio Moro quando disse que ele agia como "chefe de quadrilha" na investigação sobre a invasão de celulares de autoridades.
Segundo Felipe, ao contrário, "a crítica feita foi jurídica e institucional, por meio de uma analogia e não imputando qualquer crime ao ministro".
"De todo modo, como disse na entrevista, mantenho, no mérito, minha crítica de que o ministro da Justiça não pode determinar destruição de provas e que deveria, para o bom andamento das investigações, se afastar do cargo, como recomendou o Conselho Federal da OAB", afirma.
Santa Cruz afirma ainda que entende ser necessário o retorno à normalidade do debate democrático e sugiro ao governo, "de forma geral, evitar o clima belicoso, restabelecendo a harmonia institucional no país".
Investigação
Nesta quinta-feira, Moro pediu que a Procuradoria-Geral da República instaure inquérito para investigar Santa Cruz por crime contra a honra. Numa entrevista, Santa Cruz disse que o ministro "banca o chefe da quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que não investigadas". Para Moro, a declaração teve o intuito de caluniá-lo.
A fala de Santa Cruz está relacionada à informação de que Moro destruiria as provas encontradas nos celulares dos hackers presos em julho. No requerimento enviado à PGR, Moro diz que "atribuir falsamente ao ministro da Justiça e Segurança Pública a condição de chefe de quadrilha configura em tese o crime de calúnia
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