"grampolândia pantaneira"

Magistrados do MT repudiam fala de Selma Arruda contra OAB e Judiciário

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6 de agosto de 2019, 17h54

A Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam) repudiou declaração dada pela senadora Selma Arruda (PSL) nesta segunda-feira (5/8). A parlamentar usou a tribuna para defender promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), acusados de fazer interceptações telefônicas sem autorização judicial.

Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência SenadoSenadora usou tribuna para defender promotores do Gaeco, "Lava Jato" e atacar advocacia e judiciári

De acordo com a senadora, os ataques são de "meliantes travestidos de advogados, cujas teses mirabolantes são formuladas de modo a encontrar destinatário certo no Judiciário". Ela também afirmou que a OAB do Mato Grosso tem fomentando uma inversão de valores e "faz questão de compor o circo" contra a "lava jato".

Para a senadora, há uma briga pelo poder que faz com que o Judiciário "se omita no combate à corrupção e as autoridades investigativas fiquem acuadas. Quem ganha é a defesa dos malfeitores e quem perde é o Brasil".

Em nota, os magistrados dizem que não é possível admitir que o Poder Judiciário de Mato Grosso seja acusado de omissão, "visto que é o contrário que ocorre". "Justamente no processo citado pela senadora Selma Arruda, conhecido como a Grampolândia Pantaneira, a Justiça Estadual vem trabalhando para que toda e qualquer demanda tenha a resposta adequada e necessária", afirma a associação.

Os magistrados apontam dados sobre a produtividade do tribunal e andamento processual. "Se para a senadora há brechas na legislação que favorecem 'organizações criminosas', é bom destacar que cabe ao Poder Legislativo mudar esse quadro. Uma das principais funções de um senador é justamente criar, revisar e aprovar leis e emendas à Constituição Federal."

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