Fazer frente ao fenômeno

Rosa Weber reúne servidores do TSE para tratar de fake news e eleições de 2020

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30 de abril de 2019, 19h48

Depois do impacto do fenômeno das fake news nas eleições de 2018, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Weber, promoveu uma reunião interna de alinhamento para tratar do tema e se antecipar para o pleito de 2020, que renova prefeitos e vereadores. Participaram do encontro, além de Rosa, o ministro Og Fernandes, juízes-auxiliares, gestores, servidores e assessores do TSE.

O encontro tratou das ações já adotadas pelo TSE para as eleições do ano passado. Rosa Weber ressaltou a todos que os debates de um seminário planejado para o mês que vem servirão de base para o estabelecimento de estratégias a serem observadas no próximo ano.

O ministro Luís Roberto Barroso presidirá o tribunal no próximo pleito. Por ora, Rosa enfatizou que é preciso focar nos ataques a que a corte tem sofrido, especialmente nas ações que tentam desqualificar o sistema de votação pela urna eletrônica e que afetam diretamente a credibilidade da instituição.

"Celeridade na resposta é fundamental para fazer frente às acusações. Então nós temos que ficar bem atentos a isso até a nossa eleição", afirmou a presidente do TSE.

Durante a reunião, os participantes apresentaram à presidente do TSE uma síntese das principais ações e providências tomadas para enfrentar a divulgação de fake news, bem como sugeriram novas estratégias para combater a propagação de notícias falsas nas eleições municipais de 2020.

No ano passado, durante e depois do período eleitoral, a corte recebeu várias críticas de que teria sido omissa quanto ao problema ou de que as decisões tomadas pelos regionais e pelos ministros, individualmente, teriam sido contraditórias.

Na avaliação do secretário-geral da presidência do TSE, Estêvão Waterloo, durante as eleições de 2018 foram superados vários obstáculos por meio de diversas iniciativas adotadas no enfrentamento às fake news. Algumas, para ele, fizeram toda a diferença na realização das eleições.

"Todas as atitudes tomadas foram muito profícuas e conseguimos capitanear muitas competências distintas. Ganhamos velocidade e aprendemos como fazer esse trabalho de forma objetiva, integrada e segura", disse.

Seminário
A corte também vai promover um seminário sobre o mesmo tema em 16 e 17 de maio. O evento contará com a participação de dirigentes do Facebook, Google, Twitter e WhatsApp e de especialistas do FBI (Departamento Federal de Investigação dos EUA), da Polícia Federal, da Organização dos Estados Americanos e do Poder Judiciário, além de representantes da imprensa, de universidades e de institutos de checagem nacionais e internacionais, entre outros convidados.

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