Acesso Sigiloso

Receita e PF investigam acesso ilegal a informações fiscais de Bolsonaro

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5 de abril de 2019, 18h50

Um servidor lotado na Receita Federal em Cachoeiro de Itapemirim (ES) está sendo investigado pela Polícia Federal por ter acessado informações pessoais do presidente da República Jair Bolsonaro, utilizando o sistema da Receita. A PF ainda mira em um outro servidor da casa. 

Em nota, a Receita informou que, após identificar o acesso a informações fiscais de Bolsonaro e de integrantes de sua família, por dois servidores, o órgão abriu sindicância para apurar as circunstâncias em que esse acesso foi realizado.

“A sindicância concluiu que não havia motivação legal para o acesso e, por esta razão, a Receita notificou à Polícia Federal ao mesmo tempo em que iniciou procedimento correicional, visando apurar responsabilidade funcional dos envolvidos”, diz a nota.

"Apenas uma Brincadeira"
O servidor Odilon Ayub Alves prestou esclarecimentos, nesta sexta-feira (5/4), na Delegacia da Polícia Federal por cerca de uma hora e foi liberado. 

O advogado Yamato Ayub, que é irmão de Odilon, disse ao jornal O Globo que tudo não passou "de uma brincadeira" e começou quando Odilon estava atendendo um senhor de nome Jair na unidade onde trabalha em Cachoeiro. Segundo ele, o irmão brincou perguntando se o tal Jair tinha sobrenome "Bolsonaro".

"Ele acessou o sistema inadivertidamente para ver a data de nascimento do Bolsonaro. Foi curiosidade, infantilidade, ingenuidade. Não houve vazamento de dados. Não houve acesso a patrimônio. Nada, nada, nada, nada. Tudo sem maldade. Vamos aguardar o resultado do inquérito", comentou Yamato.

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