Novas oportunidades

Ministros do STJ e juízes recebem no TJ-RJ jovens de projeto social

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25 de setembro de 2018, 12h16

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro recebeu, na sexta-feira (21/9), cerca de 100 crianças e adolescentes do projeto Lutando por Vidas, que busca dar oportunidades nas áreas de esporte, artes e educação a jovens que vivem em comunidades da zona oeste da capital fluminense dominadas por facções criminosas.

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Cerca de 100 crianças e adolescentes do projeto Lutando por Vidas visitaram o TJ-RJ na sexta-feira (21/9).
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“Iniciativas como esta geram nas nossas crianças grande expectativa de dias melhores. Queremos direcionar para um caminho melhor, de sucesso, longe do tráfico e das drogas. A ascensão social pode ser também pelo estudo, com perseverança e dedicação”, afirmou o responsável pelo projeto, Jorge Turco.

Pelo Lutando por Vidas já passaram jovens como Júlio Cardoso, de 27 anos, que foi pai aos 19, quando conheceu o projeto, e se tornou campeão carioca de kickboxe, luta em que é faixa preta. “É muito gratificante estar aqui. Não conhecia o tribunal, é a primeira vez que venho. Essas crianças vão ter uma visão totalmente diferente da Justiça. Elas só veem o que passa na TV”, disse.

Participaram do evento “Um dia com o presidente” os ministros do Superior Tribunal de Justiça Luis Felipe Salomão e Marco Aurélio Belizze; o presidente do TJ-RJ, desembargador Milton Fernandes de Souza; o presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES), André Fontes; o desembargador Marcus Henrique Basílio; os juízes auxiliares da Presidência do TJ-RJ Marcelo Oliveira e Marcelo Rubiolli; o juiz da Vara de Execuções Penais, Rafael Estrela; e o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Paulo César Salomão, filho do desembargador do TJ-RJ de mesmo nome, que foi homenageado no encontro.

Marcelo Rubioli considera de grande relevância parcerias como esta. “É o que se espera de um órgão público: parceria com a sociedade, incentivo à infância e exemplo de bem e de luz.”

Mais de 5 mil menores já foram atendidos pelo projeto, que abrange ainda iniciativas ligadas a detentos e egressos do sistema penitenciário fluminense.

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Exposição de quadros pintados por detentos que participam de iniciativas ligadas a projeto social.
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Moradora da Região dos Lagos, a autônoma Edjane Silva esteve no TJ-RJ com o grupo, levando seus filhos Lorena, de apenas sete meses, e Leonardo, de 14 anos, para entregar pessoalmente ao presidente da corte trabalhos artesanais feitos por seu marido, Livaldo Silva. O marido cumpre pena há sete anos por tráfico e roubo.

“Isso mostra que é possível ter uma segunda oportunidade, que há outra chance”, destacou. O ministro Luís Felipe Salomão também recebeu um trabalho feito por Silva: uma sala de julgamento do tribunal confeccionado com materiais recicláveis. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RJ.

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