"Não apaguei"

Defesa de Blairo Maggi apresenta perícia sobre mensagens de WhatsApp

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14 de setembro de 2018, 14h24

A defesa do ministro da Agricultura Blairo Maggi protocolou nesta quinta-feira (13/9) no Supremo Tribunal Federal uma perícia que alega que ele não apagou mensagens de seu celular.

Maggi é acusado de ter participado do esquema de compra e venda de vagas no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso em 2009, quando era governador. Um dos supostos beneficiados, Sérgio Ricardo de Almeida, atualmente está afastado do cargo de conselheiro por liminar do ministro Luiz Fux.

Investigadores da Polícia Federal suspeitam que o ministro apagou mensagens de seu celular que comprovariam participação no esquema. 

A perícia apresentada agora afirma que Blairo Maggi não tinha instalado em seus dispositivos a ferramenta conhecida como “WhatsApp Web Desktop”, que seria a única forma de apagar mensagens remotamente.

Segundo os peritos, as mensagens foram apagadas depois da apreensão do aparelho, já em posse da Polícia Federal. O advogado Fábio Galindo diz que o fato é gravíssimo e merece imediata apuração, pois configura um erro de procedimentos ou uma prova forjada.

“Acredito que a Procuradoria-Geral da República, sempre firme no cumprimento de seu dever, vai instaurar a competente investigação e apurar a autoria e circunstâncias desse gravíssimo fato. Um fato dessa natureza inegavelmente coloca em xeque a investigação, sendo fundamental que se esclareça rapidamente o ocorrido”, afirma Fábio.

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