Operação greenfield

MPF abre inquérito contra Paulo Guedes para investigar fraudes em fundos

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26 de outubro de 2018, 15h46

O Ministério Público Federal abriu nesta quinta-feira (25/10) investigação contra o economista Paulo Guedes, que já foi anunciado pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL) como seu ministro da Fazenda, caso vença a eleição. Os procuradores apuram supostas fraudes na gestão de fundos de pensão estatais. 

A suspeita é de crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras equiparadas e emissão e negociação de títulos mobiliários sem lastros ou garantias. 

A investigação apura investimentos feitos pelos fundos na empresa BR Educacional, da qual Paulo Guedes era sócio. As apurações são feitas pela unidade do Distrito Federal e estão se desenrolando no âmbito da operação greenfield. 

Os advogados de Guedes afirmam que os investimentos deram retorno lucrativo aos fundos. O MPF confirma isso, mas rebate alegando que os ganhos deveriam ser maiores. 

Outro lado
A defesa de Paulo Guedes, feita pelo escritório Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, divulgou nota afirmando que, além de os investimentos terem dado lucro, a investigação se baseia em um relatório frágil. 

"A investigação se baseia em um relatório fragilíssimo, que tratou de apenas um dentre quatro investimentos realizados pelo fundo. O relatório omite o lucro considerável que o fundo tem propiciado aos investidores e a perspectiva de lucro de mais de 50% do valor investido. Ou seja, não houve qualquer prejuízo às partes envolvidas. Vale ressaltar ainda que o senhor Paulo Guedes jamais teve qualquer poder de deliberação sobre o destino dos investimentos, os quais foram todos aprovados pelo Comitê de Investimentos, formado por membros indicados pelos cotistas."

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