Serviço incompatível

PT pede à PGR que investigue agência de campanha Bolsonaro por abuso de poder

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16 de outubro de 2018, 20h09

O PT pediu que a Procuradoria-Geral da República investigue abuso de poder econômico por parte da campanha do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro e da empresa que faz a comunicação da candidatura, a AM4 Informática.

O partido defende que há chance de "emprego de montante de dinheiro público não declarado para a campanha, bem como a utilização dessas ferramentas para disseminar informações inverídicas", o que influenciaria o resultado das eleições. 

A petição se baseou em reportagem publicada pelo jornal "O Globo" em 7 de outubro, cujo o título aponta para grande estrutura de equipe de campanha: "Time digital de Bolsonaro distribui conteúdo para 1.500 grupos de WhatsApp".

"Um time de 15 pessoas, da empresa de estratégia digital AM4, é responsável por distribuir conteúdo para cerca de 1.500 grupos de WhatsApp, que, por sua vez, compartilham-no com outros inúmeros conjuntos de apoiadores em diversas redes sociais", diz o texto da reportagem.

De acordo com os advogados da Coligação "O povo feliz de novo", de Fernando Haddad, o tamanho da equipe, de 15 pessoas, e o valor pago à agência, de R$ 100 mil, não são compatíveis com o serviço prestado pela empresa.

Eles destacam o número de fake news veiculadas em favor do oponente na campanha. "É fato público e notório que a disseminação de publicações que degradam, a partir, de informações falsas, o candidato Fernando Haddad, a candidata Manuela D'Ávila e a coligação 'O povo feliz de novo' é intensa, danosa e recorrente", apontam.

Eles conseguiram, até o momento, a retirada do ar de mais de 100 links de várias plataformas. O fato narrado, de acordo com a peça, leva a crer que Bolsonaro causa "desequilíbrio no processo eleitoral"

Leia aqui a íntegra do pedido de investigação.

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