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Alexandre de Moraes abre novo inquérito contra Geddel Vieira Lima

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1 de outubro de 2018, 21h29

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou, nesta segunda-feira (1º/10), abertura de inquérito para investigar se membros da família do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do deputado Lúcio Vieira Lima praticaram lavagem de dinheiro a partir de locação de maquinário agrícola e venda simulada de gado.

O ministro atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República. Ao STF, na última sexta-feira (28), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que há indícios de que o pai de um suposto assessor fantasma da família expedia recibos de valores milionários por uma empresa de terraplanagem.

A manifestação destacou também a necessidade de investigar mais as transações com gado e a suspeita de simulação de criação para posterior venda.

"Documentos apreendidos indicam rebanho de 9.296 animais. Porém, documentos emitidos pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia indicam 11.855 animais. Tal diferença (2.549 animais ou 27,53%), considerado o preço da arroba na região, conforme levantamentos pela Polícia Federal, permitiria a lavagem de R$ 6,5 milhões", afirmou a PGR. 

Camaradagem Ilícita
Além disso, de acordo com o documento, um dos secretários parlamentares, na realidade, ajudava "a gerenciar os negócios das fazendas da família". Para Raquel Dodge, a apuração aponta que os secretários eram pessoas "sem a menor qualificação para o exercício de função pública" e cujas nomeações foram "decorrentes da camaradagem, da amizade, favor, do compadrio com outros políticos – levadas a efeito sem a mínima preocupação com princípios republicanos como eficiência".

Geddel está preso desde setembro do ano passado em razão de outro caso: a descoberta do "bunker" em Salvador onde eram escondidos R$ 51 milhões.

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