Ideias do Milênio

"Trump tem um longo histórico de desprezo pela lei, desde os anos 1970"

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17 de março de 2018, 17h12

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Entrevista concedida pelo professor Allan Lichtman ao jornalista Luis Fernando Silva Pinto para o Milênio — programa de entrevistas que vai ao ar pelo canal de televisão por assinatura GloboNews às 23h30 de segunda-feira, com reprises às terças (3h30 e 7h30), às sextas (12h30) e aos sábados (5h30).

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Trinta e seis anos atrás, o professor e historiador Allan Lichtman desenvolveu aqui em Washington um método para prever o resultado das eleições americanas. A origem foi uma mistura de disciplinas. Lichtman, professor de História, fez uma parceria com um professor especializado em previsão de terremotos. Os modelos sísmicos inspiraram a criação de 13 indicadores que determinam o resultado de uma eleição, e desde 1984 as previsões dele são surpreendentes na precisão que têm. Agora, ele está fazendo algo mais: está usando um outro método para concluir que o futuro político de Donald Trump é sombrio, porque condições estão se acumulando para um impeachment.

Luis Fernando Silva Pinto — Como você chegou a seu sistema de indicadores para prever o vencedor no voto popular de uma eleição?
Allan Lichtman —
Eu desenvolvi os indicadores quando era professor visitante no California Institute of Technology em Pasadena, na Califórnia. Lá eu conheci a maior autoridade mundial em previsão de terremotos.

Luis Fernando Silva Pinto — Terremotos?
Allan Lichtman —
Terremotos. O nome dele era Keilis-Borok.

Nascido em 1921 em Moscou, o geofísico e matemático Vladimir Isaacovich Keilis-Borok foi um dos maiores especialistas do mundo em previsão de terremotos. Radicado nos Estados Unidos, ele morreu na Califórnia em 2013.

Allan Lichtman — E ele teve a ideia de uma colaboração entre nós dois. Como eu era um professor brilhante e perspicaz, respondi: 'De jeito nenhum. Terremotos podem ser importantes aqui no sul da Califórnia, mas ninguém se importa com isso em Washington'. E ele disse: 'Nossa colaboração não vai envolver terremotos. Isso eu já domino. Vai envolver um assunto ainda mais importante: as eleições presidenciais americanas'. Então eu concordei. E usamos a metodologia da previsão de terremotos, que é reconhecimento de padrões. Em vez de ver quais padrões terrestres estão associados aos terremotos, procuramos quais padrões políticos estão associados a vitórias e derrotas de candidatos à Presidência. Analisamos todas as eleições, de 1860 a 1980. Isso foi em 1981, e foi assim que chegamos aos 13 indicadores para a Casa Branca, os 13 fatores-chave que explicam vitórias e derrotas em eleições presidenciais.

Luis Fernando Silva Pinto — E quais são os padrões? Quais são os indicadores?
Allan Lichtman —
Eles se baseiam na premissa de que eleições são primordialmente sentenças positivas ou negativas em relação à força e ao desempenho do partido que está no poder.

Luis Fernando Silva Pinto — Como um circo romano: positivo ou negativo.
Allan Lichtman —
E o sistema funciona assim: dos 13 fatores, se seis ou mais vão contra o partido no poder, ele provavelmente perderá.

Luis Fernando Silva Pinto — Você os sabe de cor? Pode enumerar os fatores?
Allan Lichtman —
Claro. O primeiro fator é se o partido no poder ganhou assentos depois das últimas eleições legislativas em comparação com a anterior. O 2º fator é se a disputa foi acirrada dentro do partido no poder. O 3º fator é se o presidente concorre novamente. O 4º fator são os independentes. O 5º fator é a economia a curto prazo: se há uma recessão no ano eleitoral. O 6º fator é o crescimento econômico durante o mandato todo. O 7º fator é se há mudanças importantes na política interna durante o mandato atual. O anterior não conta. O 8º fator é se há grande inquietação social, como houve nos anos 1960 nos Estados Unidos. O 9º fator é se há um grande escândalo, como no impeachment de Bill Clinton. O 10º fator é se há um grande fracasso na política externa ou militar, como perder a Guerra do Vietnã ou o que aconteceu na Guerra do Iraque. O 11º fator é se há um grande sucesso, como vencer a Guerra do Golfo ou os Acordos de Camp David. O 12º fator é se o candidato do partido em exercício é um daqueles raros candidatos carismáticos, como Franklin Roosevelt ou Ronald Reagan. O 13º fator é se o candidato do partido desafiante não é carismático. Leva esse fator quem é do partido no poder e não concorre com um candidato carismático.

Luis Fernando Silva Pinto — Os fatores mudaram ao longo do tempo ou sempre foram esses 13?
Allan Lichtman —
Não mudaram. A única coisa que mudou com o tempo não foram os indicadores, mas o sistema político americano, que tornou o voto popular irrelevante. Foi por isso que, em 2016 e em previsões futuras, simplesmente vou prever quem será o próximo presidente.

Luis Fernando Silva Pinto — Evidentemente, Al Gore venceu em 2000 no voto popular e não se tornou presidente, e Hillary Clinton venceu no voto popular em 2016 e não virou presidente.
Allan Lichtman —
E ela ganhou por uma margem bem larga graças a Nova York e à Califórnia.

Luis Fernando Silva Pinto — Como os indicadores lhe mostraram que Trump venceria?
Allan Lichtman —
Há alguns detalhes. Um importante foi que, quando desenvolvi os indicadores, eles tinham a ver com o voto popular porque, naquela época, o voto popular guiava o voto dos colégios eleitorais. Isso não acontece mais. Numa eleição apertada, o voto popular se tornou irrelevante pelo simples motivo de que os democratas acumulam cerca de 6 milhões de votos a mais nos dois grandes estados da Califórnia e de Nova York. Eles não afetam em nada a decisão no colégio eleitoral, mas ganham no voto popular.

Luis Fernando Silva Pinto — Porque quem quer que vença por milhões de votos ou por um voto leva tudo.
Allan Lichtman —
Exato. Em 2000, George W. Bush venceu na Flórida, que tem 6 milhões de eleitores, por 537 votos, e ganhou em todos os colégios eleitorais.

Luis Fernando Silva Pinto — E foi eleito.
Allan Lichtman —
Exato. Então eu não prevejo mais só o voto popular. A minha previsão foi simplesmente que Trump seria eleito.

Jornal das Dez (9/11/20160): Durante toda a campanha, Trump vendeu a imagem de empresário de sucesso, do homem de fora da política, que pensa e age diferente, do homem sem protocolos que fala o que pensa, mas com esse jeito acabou também ofendendo muita gente pelo caminho: imigrantes, mulheres, muçulmanos…

Allan Lichtman — E fui capaz de fazer essa previsão porque discerni as várias fraquezas dos democratas que estavam no poder. Eles levaram uma surra nas eleições legislativas, a briga pela indicação foi surpreendentemente disputada, o presidente não podia concorrer de novo, havia muitos independentes incômodos disputando com eles. São quatro indicadores negativos. Eles não tiveram, como o Obamacare, um triunfo doméstico no segundo mandato, nem algo comparável à execução de Bin Laden no primeiro mandato em termos de política externa. Já são seis indicadores negativos. O que eu não levei em conta, claro, foram as pesquisas, os especialistas e os acontecimentos diários da campanha, que enganam. Foi por isso que todos os especialistas erraram.

Luis Fernando Silva Pinto — Por que as pesquisas enganam, na sua opinião?
Allan Lichtman —
Em primeiro lugar, pesquisas não são prognósticos. Usam e abusam delas como prognósticos. Pesquisas são instantâneos de um certo momento no tempo, e obviamente elas podem mudar em outro momento e não há uma verificação independente delas. Não há votos reais para confirmá-las. Em segundo lugar, as pesquisas têm de adivinhar quem vai votar e quem não vai. É um modelo muito imperfeito. Quando uma pesquisa diz: 'Nossa margem de erro é de 3% para mais ou para menos', isso é apenas a margem estatística, que supõe que ela tem certeza absoluta de quem vai votar e quem não vai, e nós sabemos que ela não tem essa certeza.

Luis Fernando Silva Pinto — Então você está dizendo que as pesquisas são como uma foto sua, mas não dizem para onde você vai.
Allan Lichtman —
Exatamente.

Luis Fernando Silva Pinto — Você está aqui, tem um muro atrás, mas não sei se você vai para a direita ou para a esquerda. Por que nós queremos tanto acreditar nas pesquisas?
Allan Lichtman —
É a forma preguiçosa de previsão de eleições. Um jornalista nem precisa sair da cama para escrever uma matéria sobre as pesquisas. Além disso, a imprensa tem de cobrir a eleição diariamente, e as pesquisas são uma forma muito fácil e conveniente de se criar a imagem de uma corrida de cavalos, com candidatos disparando na frente e ficando para trás, e isso dá à imprensa o drama necessário para cobrir a eleição todo santo dia.

Jornal das Dez (9/11/2016): A campanha de Hillary não esperava uma eleição garantida, mas havia muito otimismo. Os democratas não estavam preparados para ver Donald Trump acumular vitórias em todas as regiões do país. Estavam preparados para verem Hillary Clinton aqui, mas ela não veio ao centro de convenções em Nova York. Somente hoje cedo Hillary resolveu falar. Hillary Clinton usou uma frase rara na política americana. Ela pediu desculpas por não ter vencido.

Luis Fernando Silva Pinto — É difícil quebrar esse molde.
Allan Lichtman —
É muito difícil, porque você precisa cobrir a eleição diariamente, e há uma espécie de pensamento coletivo entre jornalistas. Todos tendem a usar os mesmos métodos e a mesma abordagem.

Luis Fernando Silva Pinto — E lemos as matérias uns dos outros.
Allan Lichtman —
Por isso é difícil quebrar o molde, mas meu conselho a vocês é: fiquem de olho no panorama geral, e os indicadores para a Casa Branca analisam esse panorama: a economia, eleições legislativas, os independentes, disputas nos partidos, triunfos na política externa, sucessos na política interna.

Luis Fernando Silva Pinto — Se tivesse de escolher, em vez de 13 indicadores, talvez três, quais seriam os mais fundamentais?
Allan Lichtman —
Vai um pouco contra o que se espera, mas o melhor indicador do resultado de eleições são as disputas dentro do partido que detém o poder. Quando o partido no poder não consegue se entender, esse é um sinal bem claro de que ele terá problemas nas eleições gerais. Aliás, muitos especialistas em previsões supõem que eleições são definidas exclusivamente pela economia. Na verdade, em 2016, os democratas venceram nos meus dois indicadores econômicos porque a economia estava indo bem. Se analisasse só a economia, acharia que Hillary venceria; se só analisasse as medidas convencionais da campanha, acharia que Hillary venceria, mas meu sistema é muito mais amplo do que isso. Ele analisa vários tipos diferentes de indicadores, e achei divertido na noite da eleição ver todos os especialistas se contorcendo para tentar explicar o que havia acontecido quando, poucas horas antes, tinham dito que não aconteceria.

Donald Trump: Não fizemos apenas uma campanha, mas um incrível e grande movimento, composto de milhões de homens e mulheres trabalhadores que amam seu país e querem um futuro melhor e mais brilhante para si mesmos e suas famílias.

Luis Fernando Silva Pinto — Poucas coisas são mais caras do que campanhas políticas. Será que essa forma de fazer previsões sobre os resultados pode mudar a maneira como as campanhas são conduzidas? Milhões de dólares — bilhões, hoje em dia — são gastos em campanhas. Você acha que, com seu sistema de previsão, as pessoas vão começar a entender que talvez não seja por aí, talvez não seja necessário gastar tanto dinheiro e seja melhor se concentrar em outra coisa?
Allan Lichtman —
Deve-se concentrar em conteúdo, em construir um programa e uma base para governar. Bilhões de dólares são desperdiçados, mas um dos motivos pelos quais desperdiçamos esse dinheiro — não chamarei de conspiração —, mas as pessoas estão presas ao sistema…

Luis Fernando Silva Pinto — É uma indústria.
Allan Lichtman —
É uma indústria! Uma reforma prática, além de descartar institutos de pesquisa consultores, seria o financiamento público total de campanhas para romper a ligação entre grandes empresas e políticos, mas são os políticos e seus doadores que se beneficiam do sistema, portanto dificilmente vão mudá-lo.

Luis Fernando Silva Pinto — Seu livro mais recente é sobre o impeachment do presidente Donald Trump.
Allan Lichtman —
Sim, ele se chama The Case for Impeachment.

Luis Fernando Silva Pinto — Você não usou seus indicadores para prever isso.
Allan Lichtman —
Não. Não me baseei num modelo formal. Não houve tantos impeachments assim na história americana para desenvolver um modelo matemático. Dois presidentes foram impedidos: Andrew Johnson e Bill Clinton, e um presidente sofreria impeachment, mas renunciou: Richard Nixon.

Luis Fernando Silva Pinto — O interessante é que, desde o início, desde antes da posse, você já dizia que Donald Trump sofreria o impeachment. Por quê?
Allan Lichtman —
Desde antes da publicação de meu último livro. Porque estudei a história do impeachment e o processo de impeachment, e apliquei isso ao histórico de Donald Trump antes da Presidência. Fui capaz de fazer uma previsão em setembro porque vi que a história de Donald Trump era marcada por uma propensão a mentir. Ele foi responsável pela maior e mais duradoura mentira da história dos EUA.

Luis Fernando Silva Pinto — Qual?
Allan Lichtman —
A de que o primeiro presidente americano negro…

Luis Fernando Silva Pinto — Barack Obama…
Allan Lichtman —
Não tinha nascido nos EUA. Era ilegítimo por ter nascido na África. Era mentira. Ele tem um longo histórico de desprezo pela lei, desde os anos 1970, quando o Departamento de Justiça acusou uma empresa dele de discriminação contra minorias. Eu analisei o histórico dele de maus-tratos contra mulheres, vi que ele foi o primeiro presidente da história do país a convidar uma potência hostil, a Rússia, a hackear os e-mails de sua adversária. A primeira vez que um presidente pediu que uma potência estrangeira, principalmente uma hostil, interferisse nas nossas eleições. Eu o vi recuando no que antes achava ser o problema mais urgente enfrentado pelo país e pelo mundo, o problema das mudanças climáticas. Vi o fato de que ele centraliza tudo, como Richard Nixon fazia, e não é guiado por princípios fundamentais. Tudo isso estava claro para mim em setembro, muitos meses antes da publicação de The Case for Impeachment, que pôs isso em evidência em abril. Além disso, Donald Trump é o único presidente na história dos EUA a ser eleito sem experiência alguma de governo, seja nas Forças Armadas, num cargo nomeado ou num cargo eletivo. E ele não tem histórico algum, ao contrário de todos os outros presidentes, de qualquer tipo de serviço público. Ele passou a vida se enriquecendo, muitas vezes às custas de outros, e passou a vida evitando ser responsabilizado por qualquer coisa que tenha feito. Evitou se responsabilizar ao declarar falência, fazendo acordos em processos, abandonando negócios ruins e deixando outros com o prejuízo.

Luis Fernando Silva Pinto — Você define uma data para isso acontecer?
Allan Lichtman —
Não, porque não tenho um modelo matemático formal, mas há dois momentos principais: um deles será obviamente quando os resultados das várias investigações sobre uma possível conspiração com a Rússia saírem.

Jornal da Dez (16/2/2018): Mais uma página da investigação sobre a interferência da Rússia nas eleições americanas que elegeu Donald Trump. Numa decisão considerada surpreendente, o procurador especial Robert Mueller indiciou treze cidadãos russos e outras três empresas do país que teriam relação com o caso.

Allan Lichtman — Se a campanha de Trump de fato conspirou com os russos com o conhecimento dele, é um crime grave, conivência com a traição, deixar de informar atividades de traição…

Luis Fernando Silva Pinto — Como chama?
Allan Lichtman —
Conivência com a traição, deixar de informar atividades de traição.

Luis Fernando Silva Pinto — Não informar sobre traição.
Allan Lichtman —
Se souber de alguma. E eu considero o fato de a Rússia ter minado nossa democracia e nossa eleição um ataque aos EUA e considero o conluio com esse ataque uma traição. E, claro, se Donald Trump se envolveu nesse conluio, ele pode ser acusado de traição. Seria o 1º presidente americano acusado de traição. Esse é um momento importante.

O outro será quando nos aproximarmos das eleições legislativas. Muita gente já me disse: 'Ora, um Congresso republicano não vai impedir um presidente republicano'. Mas uma das regras políticas de Lichtman é: a prioridade dos mandatários de cargos eletivos é a sobrevivência. Todo republicano do Congresso americano poderá se candidatar à reeleição em 2018, e se acharem que Donald Trump se tornou um risco, podem estar dispostos a abandoná-lo. Bastaria que uns 20 republicanos se unissem aos democratas para terem maioria no Congresso. São apenas 10% dos republicanos do Congresso. Muitos outros republicanos têm assentos vulneráveis. Aliás, durante o escândalo de Watergate, quando a comissão judiciária do Congresso votou artigos de impeachment, mais de 1/3 dos republicanos se uniu aos democratas na votação de ao menos um artigo. Portanto, em Watergate, vários republicanos puseram o patriotismo acima do partido, e eu conclamo todos os republicanos do Congresso a fazerem o mesmo nesta nova crise, que em muitos aspectos é mais grave do que Watergate, por envolver uma potência estrangeira e a segurança nacional dos EUA.

O escândalo Watergate
No dia 17 de junho de 1972 cinco homens invadiram a sede do Partido Democrata em Washington, no edifício Watergate. Eles faziam parte da campanha de reeleição do então presidente, o republicano Richard Nixon. A invasão foi o estopim de uma crise política que, dois anos depois, levou à renúncia de Nixon, em 8 de agosto de 1974.

Luis Fernando Silva Pinto — Mas quais seriam as consequências de uma retirada do presidente da Casa Branca? Quais seria as consequências? Ele tem o apoio de parte considerável do eleitorado.
Allan Lichtman —
Esse apoio está minguando. Ele é o único presidente da história a ter menos de 40% ou por volta de 40% de aprovação tão no início do mandato. E pesquisas recentes mostraram que até mesmo o apoio de sua base, principalmente os brancos sem ensino superior da classe trabalhadora, está começando a diminuir. Encaramos o impeachment como um evento catastrófico. Não é. Os autores incluíram o impeachment na Constituição como a salvaguarda da democracia, como uma forma constitucional, ordeira e pacífica de lidar com um presidente nocivo. E foi uma alternativa à forma como, naquela época, os governantes eram afastados, ou por assassinato ou por revolução. E nenhum dos dois impeachments nem a renúncia de Nixon prejudicaram o país. O impeachment de Andrew Johnson, que não foi condenado pelo Senado e, portanto, não foi afastado, ajudou o país, porque ele se opunha fortemente à integração após a Guerra Civil dos escravos libertados à vida americana, e moderou sua opinião após ser punido pelo impeachment. Claro que a renúncia de Nixon foi boa para o país, porque removeu-se um risco à nossa política e às instituições. E o impeachment de Clinton não enfraqueceu a Presidência. Ela emergiu ainda mais forte, alguns dizem que até demais, com George W. Bush.

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