Mercado financeiro

Número de fusões e aquisições cresce, mas valor das operações cai

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14 de março de 2018, 13h53

De 2016 para 2017, o número de fusões e aquisições, ofertas públicas de aquisições (OPAs) e reestruturações secretárias saltou de 138 para 143. O crescimento de anúncios, porém, veio acompanhado da uma retração de 22,8% no volume das transações, que caiu de R$ 179,21 bilhões para R$ 138,4 bilhões.

O levantamento do Boletim de Fusões e Aquisições da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) aponta que 2017 seguiu a tendência existente há quatro anos sobre a maioria dos negócios envolverem a compra de empresas do Brasil por companhias estrangeiras.

Entre os maiores exemplos está a aquisição da Eldorado Brasil Celulose pela holandesa Paper Excellence e a venda do Campo Roncador, pela Petrobras, para a Statoil. As duas operações tiveram volume total de R$ 24,5 bilhões.

Para Dimas Megna, coordenador do Subcomitê de Fusões e aquisições da associação, a consistência no número de operações retomada nos últimos anos indica que o cenário é bom para as movimentações das empresas.

Por outro lado, ele ressalta o fato de que a maioria das transações teve volumes abaixo dos R$ 500 milhões, sendo que apenas uma ultrapassou os R$ 10 bilhões. Segundo a Anbima, essa queda ainda está associada à desaceleração do nível de atividade da economia brasileira nos últimos anos.

O setor que mais movimentou valores foi o de energia elétrica, somando R$ 24,58 bilhões em 17 operações, seguido pela área de papel e celulose, que atingiu a marca de R$ 15,31 bilhões. Na sequência, aparecem empresas financeiras, de alimentos e bebidas, de indústrias e comércio e de petróleo e gás, somando um volume total de R$ 50,79 bilhões.

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