Corrupção e lavagem

Moro condena Bendine, ex-presidente do BB e da Petrobras, a 11 anos de prisão

Autor

7 de março de 2018, 17h56

O juiz federal Sérgio Moro condenou nesta quarta-feira (7/3) o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine a 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em um dos processos da operação "lava jato".

Reprodução
Bendine foi considerado culpado de ter recebido propina de R$ 3 milhões.Reprodução

Na sentença, Moro afirmou que Bendine solicitou e recebeu propina da construtora Odebrecht durante o período em que esteve à frente da Petrobras, a partir de fevereiro de 2015. Ele assumiu a presidência da empresa no lugar de Graça Foster, que se demitiu em meio às denúncias de corrupção na estatal.

“O condenado assumiu o cargo de presidente da Petrobras em meio a um escândalo de corrupção e com a expectativa de que solucionasse os problemas existentes. O último comportamento que dele se esperava era de corromper-se, colocando em risco mais uma vez a reputação da empresa”, afirmou Moro.

Bendine está preso em Curitiba desde julho de 2017. Ele presidiu o Banco do Brasil de abril de 2009 a fevereiro de 2015, quando saiu para presidir a Petrobras, ficando até maio de 2016.

Em sua delação premiada, o empresário Marcelo Odebrecht disse que Bendine era um dos beneficiários de pagamento de propinas a executivos da Petrobras para fraudar licitações e superfaturar contratos. Em depoimento prestado juiz Moro, Marcelo Odebrecht disse que autorizou repasse de R$ 3 milhões a Bendine.

Após o depoimento, a defesa de Bendine considerou o depoimento como ilação e disse que Marcelo reconheceu não ter recebido diretamente cobrança de vantagens.

Clique aqui para ler a decisão.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!