Triplo agrilhoamento

Defesa de policiais critica interpretações
de juiz sobre algemas em Cabral

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16 de maio de 2018, 15h06

A defesa dos policiais federais que atuaram na transferência de presídio do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) questionou relatório sobre o caso elaborado pelo juiz instrutor Ali Mazloum, auxiliar do Supremo Tribunal Federal no gabinete do ministro Gilmar Mendes, bem como a reportagem da ConJur sobre o documento.

Reprodução/Tv Globo
Policiais disseram que Cabral foi algemado como proteção a sua integridade física.
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Em depoimentos a Mazloum, os agentes afirmaram que Cabral teve suas mãos e pés algemados, em janeiro, para proteção de sua integridade física.

Eles declararam que, se o réu ficasse solto, poderia entrar em confronto com uma “multidão ensandecida”, colocando em risco sua integridade física. Mas as fotos da cena analisadas pelo juiz mostram pouquíssimas pessoas no local.

Em pedido de resposta à ConJur, o advogado dos agentes, Arnaldo Faivro Busato Filho, argumentou que seus clientes não usaram os termos “multidão ensandecida”, “zona de guerra” e “turba” para se referir ao local para onde o ex-governador estava sendo levado. Segundo o advogado, as expressões são resultado de interpretações do juiz.

Além disso, Busato Filho alegou que as fotos da cena analisadas são restritas e não retratam com precisão o cenário. Ele ainda apontou que o inquérito instaurado por Gilmar Mendes para apurar se houve abuso de autoridade por parte dos policiais federais sofreu objeção da Procuradoria-Geral da República.

Clique aqui para ler a resposta da defesa dos policiais federais.

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