Ricardo Sayeg diz que não será candidato à presidência da OAB-SP e pede união
1 de junho de 2018, 9h03
O advogado Ricardo Sayeg afirmou que não concorrerá à presidência da seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil. Em carta direcionada à advocacia brasileira, Sayeg diz que é hora de união, e não de disputa, para que seja enfrentada a "grave crise nacional que começa pela moral e pela ética".
O professor livre-docente de Direito Econômico da PUC-SP, presidente da Comissão Permanente de Estudos de Direitos Humanos do IASP e imortal da APD, escreveu que o atual presidente, Marcos da Costa, é capaz de dirigir a seccional por mais um triênio, unindo a advocacia em busca da "pacificação do Brasil".
Leia abaixo a íntegra da carta:
Atendo à solicitação dos colegas a propósito de minhas pretensões de candidatar-me à Presidência da Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/SP, no corrente ano de 2018.
Neste momento nacional dificílimo, em que o país está à beira de um colapso e reina a insegurança, somente o diálogo e a união poderão conduzir nossa dividida nação à paz, à inclusão, ao desenvolvimento e à prosperidade.
A Advocacia, nos dias de hoje, se faz mais importante do que nunca, para que, com seu contingente nacional de 1 milhão de Advogados e Advogadas, seja o instrumento condutor destes objetivos fundamentais de nossa República.
Não é hora de disputa nem para esquerda nem para direita.
Se faz necessário um novo discurso de enfrentamento ao inimigo comum, que é a grave crise nacional que começa pela moral e pela ética.
Temos que esquecer nossas divergências e formar a primeira trincheira naquilo que nos une, que é o juramento de todo Advogado e Advogada de defender o Estado Democrático do Brasil e de concretizar os Direitos Humanos.
Iluminado por estas premissas, não obstante tenha liderado a oposição, tendo, em 2015, a mais expressiva votação entre todos os meus nobres concorrentes, com dezenas de milhares de votos por dois pleitos seguidos, inclusive, 2012; por ora, abro mão das minhas condições de disputar, neste pleito de 2018, a cadeira de Presidente da Seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, com a pretensão de promover a unidade entre os Advogados e Advogadas do poderoso Estado de São Paulo.
Com efeito, tal como ocorreu com Roosevelt nos Estados Unidos, em face da guerra a ser enfrentada; conclamando também ao sacrifício, rogo ao atual Presidente da invulgar Seccional Paulista, Dr. Marcos da Costa, a se colocar à disposição para presidir a nossa histórica Entidade por mais um triênio, com a certeza que ele é capaz de unir a Advocacia e de que eu estarei ao seu lado, para triunfarmos na pacificação do Brasil.
Que Deus abençoe a Advocacia e nossa Nação.
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