Sem nova data

Marcado para próxima terça, depoimento de Lula em processo da zelotes é adiado

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15 de fevereiro de 2018, 19h48

O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Néviton Guedes adiou, nesta quinta-feira (15/2), o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcado para a próxima terça (20). A decisão atende a um pedido da defesa de Lula, que alegou que as testemunhas por ela indicada não foram ouvidas ainda.

O juiz da 10ª Vara da Justiça Federal, Vallisney de Souza, determinou o cumprimento da suspensão, sem nova data marcada para o interrogatório. O pedido de liminar foi concedido à defesa de Lula para suspender o depoimento de 30 de outubro do ano passado até que o mérito de um Habeas Corpus em favor de Lula fosse julgado.

Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Defesa de Lula alegou que testemunhas por ele indicadas ainda não foram ouvidas.
Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

Em novo pedido, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que a nova data contrariava a liminar anterior. O desembargador Néviton Guedes concordou que, ao marcar nova data, o magistrado de origem não apresentou informações adicionais sobre as oitivas com as testemunhas que estão fora do Brasil.

A suspensão, de acordo com o desembargador, resguardará o regular andamento processual da ação penal.

Em seu despacho para cumprir a ordem, Vallisney explica ter remarcado os interrogatórios para 20 de fevereiro “sob o fundamento de que o prazo (de 45 dias) fixado na carta rogatória já teria fatalmente se esgotado".

Caças Gripen
Na audiência, Lula seria ouvido no âmbito da operação zelotes, em que é réu por tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa na compra de caças Gripen, da Suécia, pelo Brasil durante o governo Lula (2003-2010).

A investigação se dá por, supostamente, terem negociado vantagens indevidas em troca da assinatura do contrato que resultou na compra de 36 aviões militares. Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente, e o casal de lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni também são réus e seriam ouvidos no mesmo dia. Todos os depoimentos foram suspensos em nome do princípio da igualdade.

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