Novos integrantes

MPF amplia de 3 para 11 total de membros da força-tarefa da "lava jato" em SP

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8 de fevereiro de 2018, 14h40

O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) decidiu ampliar o número de procuradores da República que atuam em desdobramentos da operação “lava jato” em São Paulo. A chamada força-tarefa, composta nos últimos meses por três membros, passará a ter 11 tanto na capital quanto no interior paulista.

O grupo investiga fatos relatados por executivos e ex-executivos da Odebrecht que se tornaram delatores e assinaram colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República em 2016. Diversos casos foram enviados à Justiça Federal de São Paulo no ano passado por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.

Inicialmente os trabalhos serão coordenados por Thiago Lacerda Nobre, procurador-chefe da Procuradoria da República em São Paulo. A ideia é que a função siga sistema de rodízio. 

O relator do caso no CSMPF, subprocurador-geral da República Mario Bonsaglia, disse que a incorporação de novos membros não vai elevar gastos com diárias e passagens, pois todos os integrantes trabalham no próprio estado onde as investigações são conduzidas. Além disso, os procuradores permanecerão atuando em seus gabinetes de origem, sem deixar de acompanhar outras apurações a eles designadas. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF.

Conheça os integrantes da força-tarefa da "lava jato" em SP
Adriana Scordamaglia: membro do MPF desde 1997, coordenou o Núcleo Criminal da PR/SP e da PRR-3 e foi procuradora-chefe da PR/SP (entre 2009 e 2011). Tem mestrado em Direitos Humanos pela Universidad Pablo de Olavide (Sevilha, Espanha). É professora na área de combate à lavagem de dinheiro no Curso de Capacitação e Formação dos membros do Ministério Público de Guiné Bissau, organizado pela ONU.
Ana Cristina Bandeira Lins: procuradora da República desde 2002, tem experiência em celebrar acordos na área cível e ambiental: casos Rodoanel, Proconve e dos sítios arqueológicos do Morumbi e do Itaim. É especialista em Direito Penal especial pela Escola Paulista da Magistratura e master em Patrimônio Cultural pela LUMSA/Itália.
Anamara Osório Silva: procuradora da República desde 2002, atua em varas judiciais especializadas em lavagem de dinheiro e crimes financeiros. Foi procuradora-chefe da PR/SP por dois mandatos, de 2011 a 2015. Mestre e doutoranda em Direito Internacional pela USP, tem MBA em Gestão Pública pela Fundação Getulio Vargas e especialização em combate à corrupção pela Universidad de Salamanca (Espanha). 
André Lopes Lasmar: é procurador da República desde 2005. Ingressou no Ministério Público em 2001, como promotor substituto no Amazonas, seu estado natal. Foi procurador regional eleitoral de 2005 e 2008. É doutor em Direito Internacional Público pela USP e especialista em Direito Internacional dos Conflitos Armados pela Universidade de Brasília (UnB), em convênio com a Ruhr-Universität Bochum (Alemanha). 
Daniel de Resende Salgado: membro do MPF desde 2003, foi coordenador criminal (2005-2009), coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (2009-2013), procurador regional eleitoral auxiliar (2006 e 2010) e procurador-chefe substituto (2011-2013) na Procuradoria da República em Goiás. Foi membro auxiliar do Conselho Nacional do Ministério Público (2011-2013) e do Conselho Penitenciário do Estado de Goiás (2008-2013), além de secretário de pesquisa e análise do Gabinete do PGR (2013-2017) e membro de grupo de trabalho com o objetivo de auxiliar o PGR na análise dos desdobramentos das investigações relacionadas à "lava jato" (2016-2017). Atuou na operação monte carlo (2011-2012), envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Guilherme Rocha Göpfert: procurador da República desde 2013, fez análise da criptografia do WhatsApp para elaboração de parecer da PGR, em análise pelo Supremo Tribunal Federal. Em 2014, participou de curso sobre combate ao crime organizado na Università Tor Vergata (Itália). É especialista em Direito Tributário e Teoria Geral do Direito.
Janice Agostinho Barreto Ascari: integrante do MPF há 25 anos, atualmente é procuradora regional da República na 3ª Região. Em São Paulo, atuou na investigação do escândalo de desvio de dinheiro nas obras do TRT-SP e na chamada operação anaconda, sobre sentenças na Justiça Federal de São Paulo. Assessorou Rodrigo Janot na PGR, com processos criminais no STF. Integrou o Conselho Nacional do Ministério Público, no biênio 2005-2007. Foi procuradora-chefe da PR/SP e procuradora-chefe substituta na PRR3.
Lucio Mauro Carloni Fleury Curado: membro do MPF desde 2013, foi juiz substituto do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e procurador do Estado de Goiás. Pós-graduado em Direito Tributário, é bacharel e mestrando em Direito pela USP.
Luís Eduardo Marrocos de Araújo: ingressou no MPU em 2003, como promotor no Distrito Federal. Em 2005, iniciou a carreira no MPF em Mato Grosso, onde foi procurador-chefe. Atuou na Procuradoria Regional Eleitoral de 2005 a 2006. Na capital paulista, coordenou o Núcleo de Execuções Criminais. É procurador-chefe substituto da PR/SP desde 2015. Pós-graduado pela UnB e mestre em Direito pela Unisantos.
Thaméa Danelon: procuradora da República desde 1999, foi procuradora-chefe substituta na PR/SP nos biênios 2005/2006 e 2013/2014. Foi coordenadora do Núcleo de Combate à Corrupção do MPF em São Paulo nos anos de 2016 e 2017. É especialista em Direito Penal e Processo Penal e mestre em Direito Político e Econômico.
Thiago Lacerda Nobre: é procurador da República desde 2009 e exerce a função de procurador-chefe da PR/SP desde 2015. Investiga crimes de sonegação na transferência do jogador Neymar do Santos para o Barcelona. É especialista em Direito Público e pós-graduado em Direito Ambiental pela UnB. Antes do MPF, foi membro da Advocacia-Geral da União, lotado no Ministério da Defesa.

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