Ofensas em voo

PF abre procedimento para investigar ataques a Gilmar Mendes

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2 de fevereiro de 2018, 15h03

A Polícia Federal abriu procedimento para investigar os ataques sofridos pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em redes sociais e no WhatsApp.

O ministro foi hostilizado no último fim de semana durante um voo comercial. Vários passageiros fizeram vídeos do ocorrido e compartilharam em redes sociais e aplicativos de conversa. Além desta agressão, o ministro já foi atacado outras vezes este ano, até mesmo em Portugal.

Carlos Humberto/SCO/STF
Ataques a Gilmar Mendes causaram  reação de magistrados e advogados.
Carlos Humberto/SCO/STF

Após este último caso, Gilmar Mendes pediu que a Polícia Federal apure quem são os autores das mensagens ofensivas. Nesta sexta-feira (2/2), o superintende regional da PF em São Paulo, Disney Rosseti, informou que o procedimento foi instaurado para apurar os fatos.

Os ataques ao ministro causaram uma reação de magistrados e advogados. O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, declarou que os “reiterados ataques à conduta dos magistrados brasileiros” representam perigo à “integridade do Estado Democrático de Direito”.

Já o advogado Ticiano Figueiredo, presidente do Instituto de Garantias Penais (IGP), afirmou que "a sociedade não pode cair na armadilha de politizar a visão do funcionamento da Justiça, seja para aplaudi-la, seja para vaiá-la".

Ex-conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, o advogado Norberto Campelo afirmou em artigo que "as reações a que se tem assistido extrapolam em muito o direito a liberdade de opinião, beirando a anarquia, que deve ser rechaçada prontamente".

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