Conflito de clientes

Por incompatibilidade ética, Mariz renuncia à defesa de Temer

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29 de dezembro de 2018, 13h08

Por incompatibilidade ética e moral, o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira renunciou à defesa do Presidente Michel Temer, alvo de quatro processos e cinco inquéritos.

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência BrasilCriminalista atuou na defesa do presidente em duas denúncia feitas pela PGR, depois rejeitadas

Mariz disse à ConJur que a decisão foi tomada em acordo com o presidente, após conversas acerca do impedimento do advogado  seguir atuando em sua defesa. Isso porque haveria um conflito de clientes, já que foram arroladas testemunhas de acusação contra Temer que Mariz defendeu no passado, dentre elas o doleiro Lúcio Funaro.

O criminalista foi o advogado do presidente em duas denúncia feitas pela Procuradoria-Geral da República, ainda sob a condução do ex-procurador-geral Rodrigo Janot. As duas foram rejeitadas pelo Congresso.

Temer responde a um processo decorrente do inquérito dos Portos, sob suspeita de receber propina para favorecer empresas do setor portuário na publicação de um decreto que ampliou as concessões dos portos. A denúncia diz que o presidente recebeu R$ 32,6 milhões para ampliar as concessões por mais 30 anos.

O presidente virou alvo da PGR e da Polícia Federal após um jantar no Palácio do Jaburu em maio de 2014 em que, de acordo com delações premiadas, Temer teria acertado o repasse ilícito de R$ 10 milhões da Odebrecht ao MDB.

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